Exercício Leão Africano ao Rubro em Marrocos, na Tunísia e no Senegal

EQUIPA DA ADF

Durante 11 dias em Junho, 7.800 participantes de países africanos, dos Estados Unidos e da NATO, treinaram juntos em terra, no mar e no ar, como parte do exercício Leão Africano.

Leão Africano é o maior e o mais antigo exercício anual conjunto do Comando dos Estados Unidos para África (AFRICOM) no continente. O programa deste ano, que decorreu de 7 a 18 de Junho, foi organizado de forma conjunta por Marrocos, Senegal e Tunísia. O exercício centrou-se na criação de capacidades para a missão e no fortalecimento da cooperação entre os exércitos participantes. O exercício de 2020 foi cancelado por causa da COVID-19.

“Este exercício tem a ver com prontidão,” disse o General do Exército dos EUA, Stephen Townsend, comandante do AFRICOM. “Prontidão dos nossos parceiros e prontidão das nossas forças. Reúne várias ideias, experiências e capacidades — em última instância, fazendo com que sejamos parceiros mais fortes e uma força multinacional mais capacitada.”

As actividades do Leão Africano realizaram-se em Marrocos, desde a Base Aérea de Kenitra, no norte, até Tan Tan e no complexo de treinamento de Grier Labouihi, mais a sul. As actividades também ocorreram no Senegal e na Tunísia.

Forças Armadas Reais do Marrocos praticam treinos de inserção rápida de cabo durante o Leão Africano 2021, em Tifnit, Marrocos. FORÇA-TAREFA DO SUL DA EUROPA EM ÁFRICA

O Coronel Khalid Harouroud, das Forças Armadas Reais Marroquinas, chefe-adjunto da célula de operações conjuntas da coligação, disse que o exercício foi uma oportunidade para “capitalizar os ganhos já feitos” e melhorar a planificação para eventuais ameaças.

“As ameaças híbridas exigem operações conjuntas com os nossos parceiros, uma vez que nenhum país pode enfrentar este tipo de ameaça sozinho,” Harouroud disse  à Agência de Imprensa Marroquina.

O Leão Africano é constituído por uma série de actividades:

  • Um exercício coordenado pela Força Aérea Americana para a Europa e África, consistiu em manobras aéreas dos EUA e do Marrocos com bombardeiros, caças e reabastecimento aéreo.
  • As manobras navais incluíram um exercício naval de arma de fogo e várias manobras baseadas no mar, envolvendo as marinhas dos EUA e do Marrocos e capacidades de resposta em situações de crise.
  • Treino da Polícia Militar em matérias de combate corpo-a-corpo.

No Porto de Agadir, Marrocos, bombeiros e Soldados Reais do Marrocos treinaram com equipamento de protecção como respiradores, fatos de protecção e unidades de descontaminação, para responder a ataques de armas químicas, biológicas, radiológicas e nucleares. A Agência Americana de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA) patrocinou o evento.

“Se estes materiais perigosos forem transformados em armas de destruição maciça, estes países possuem a habilidade de impedir que qualquer organização utilize um destes, preservando, desta maneira, a paz e a estabilidade em toda esta região particular,” disse Ben Cacioppo, conselheiro técnico da DTRA, na Embaixada dos EUA, em Rabat.

No Senegal, exércitos dos EUA e do Senegal demonstraram a sua habilidade de serem destacados e de trabalharem em conjunto durante uma resposta de crise. As Forças dos EUA e da Tunísia realizaram exercícios de posto de comando e treinos técnicos tácticos para pequenas unidades.

Soldados senegaleses praticam a técnica de limpeza de sala durante as operações conjuntas com tropas dos EUA, Marrocos, Tunísia e da NATO, no exercício Leão Africano deste ano, em Marrocos. FORÇA-TAREFA DO SUL DA EUROPA EM ÁFRICA

Os pilotos marroquinos praticaram manobras de reabastecimento junto da aeronave de reabastecimento da Força Aérea Americana trazida do Reino Unido.

“A chegada de caças e de tanques melhora o nível para este exercício que já é dinâmico,” disse o General Jeff Harrigian, da Força Aérea Americana na Europa – comandante da Força Aérea de África. “Todo o voo traz uma outra oportunidade de trabalharmos estreitamente ligados aos nossos parceiros e trocarmos melhores práticas para que possamos perseguir os nossos objectivos comuns.”

Leão Africano é uma parte vital para o fortalecimento de parcerias na região, disse Townsend.

“Fornece uma oportunidade para aprendizagem mútua entre os EUA e os nossos parceiros africanos e beneficia os participantes através do fortalecimento da interoperabilidade e esforços colectivos para a melhoria da segurança e estabilidade em toda a região,” disse.

« Cet exercice va permettre aux FAR de capitaliser sur les acquis déjà réalisés et de rehausser le niveau de planification et de conduite des opérations », a déclaré à la MAP, le colonel Harouroud.

« Les différentes activités d’African Lion 2021 sont planifiées par le Centre d’opérations à Agadir et conduites par les forces sur place » ,a-t-il ajouté, notant que « les menaces actuelles de nature hybrides requièrent la conduite d’opérations conjointes avec nos partenaires du moment qu’aucun pays seul ne peut faire face à ce type de menaces « .

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