EQUIPA DA ADF
Os Estados Unidos continuam a apoiar a Serra Leoa na sua luta contra a propagação da COVID-19.
O mais recente apoio veio na forma de 150.000 dólares em equipamento e suprimentos oferecidos à equipa do laboratório do Ministério de Saúde e Saneamento, no dia 2 de Dezembro, na capital, Freetown. A embaixadora dos EUA, Maria Brewer, apresentou o pacote da ajuda ao Dr. Mohammed Vandi, director de Segurança e Emergências de Saúde.
Os suprimentos fazem parte do esforço dos EUA em fortalecer o sistema nacional de laboratórios e apoiar a resposta da Serra Leoa à pandemia. Os EUA também contribuem com assistência técnica para a equipa do laboratório.
“Os testes diagnósticos laboratoriais ajudam os funcionários do sector de saúde a prestarem cuidados adequados, confiáveis e de alta qualidade aos pacientes,” o presidente Julius Maada Bio disse num comunicado, em Julho. “Como governo, continuamos comprometidos em prestar cuidados de saúde de qualidade em toda a Serra Leoa, porque isso é fundamental para o alcance dos nossos objectivos de desenvolvimento sustentável e inclusivo.
“Cada um de nós tem a responsabilidade de prevenir e acabar com a COVID-19. Apenas vocês e as vossas acções podem proteger a vocês mesmos contra o vírus. Estes não são tempos normais, mas agradeço aos funcionários do sector de saúde pela sua dedicação e pelo seu serviço.”
Até ao dia 28 de Dezembro, a África Ocidental tinha confirmado 2.560 casos e 76 mortes, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC). A Serra Leoa já administrou mais de 65.000 testes à sua população de aproximadamente 8 milhões de habitantes.
Depois do primeiro caso do país, no final de Março, Bio declarou um estado de emergência pública de 12 meses. Um confinamento obrigatório de três dias foi imposto no início de Abril. A Serra Leoa continua a utilizar as suas Forças Armadas e a polícia para fazer cumprir as directrizes de saúde pública.
Os EUA doaram 2.765 milhões de dólares em ajuda ligada à pandemia à Serra Leoa, em 2020. Entre outras iniciativas, as doações foram direccionadas para o fortalecimento da detecção e vigilância do vírus assim como rastreamento de contactos e envolvimento da comunidade.
Em Maio, os EUA forneceram concentradores de oxigénio, tendas para o rastreamento e formação para os funcionários do sector de saúde.
“Mantivemos a taxa de mortalidade de casos do nosso país muito abaixo de 4%, mas a COVID continua a ser um perigo claro e presente,” disse Bio, num discurso proferido na televisão, no dia 23 de Dezembro.
A Serra Leoa concentrou-se na melhoria das suas infra-estruturas de saúde pública desde que o país foi assolado por um surto do vírus Ébola em 2014, que matou 3.955 pessoas. O acesso aos hospitais e aos médicos ainda está fora do alcance de muitas pessoas que vivem em aldeias rurais.
Uma das muitas lições aprendidas do Ébola foi a necessidade de haver melhor vigilância do vírus através de diagnósticos laboratoriais.
Como parte de um esforço internacional, a Organização Mundial de Saúde (OMS), em Agosto, ajudou a estabelecer um novo laboratório de testes moleculares, na região rural norte da Cidade de Makeni.
Na altura, a capacidade de teste do país era de entre 400 e 500 testes por dia. Com a ajuda da OMS e dos EUA, o ministério está a aumentar para 1.000 testes por dia.
“As parcerias são de suma importância para que se cause um impacto, como foi visto no estabelecimento do laboratório molecular de Makeni, que foi possível graças a fortes esforços de colaboração,” disse Evans Liyosi, o representante da OMS na Serra Leoa, na página da internet da organização.
“Por mais devastador que o impacto da COVID-19 possa ser, eu, no entanto, fico feliz em saber que parceiros diferentes estão a trabalhar juntos para criarem capacidade institucional e experiência de recursos humanos, a fim de garantir segurança e qualidade dos sistemas de prestação de serviços de saúde da Serra Leoa.”