Equipamento Médico Dos EUA Apoia Laboratório Móvel Ugandês

EQUIPA DA ADF

Depois de Uganda ter registado o seu mais elevado número de novas infecções pela COVID-19, desde que o vírus foi detectado naquele país, o Ministério de Saúde recebeu aproximadamente 1,9 milhões de dólares em máscaras, luvas, viseiras e batas cirúrgicas enviadas pelo governo dos EUA.

Entregue no dia 9 de Dezembro, o equipamento de protecção individual (EPI) é destinado ao uso num laboratório móvel que será destacado para as zonas remotas, para efectuar testes do vírus nas pessoas. O laboratório conta com pessoal do Ministério de Saúde e do Instituto Ugandês de Pesquisa do Vírus.

Desde que a pandemia começou, os EUA já doaram um total de 43 milhões de dólares para a luta do Uganda contra a COVID-19, incluindo fundos para apoiar os refugiados e as comunidades acolhedoras e para fortalecer a segurança alimentar.

“Continuaremos a trabalhar de mãos dadas com os nossos parceiros ugandeses e juntos iremos vencer esta pandemia,” Chefe-adjunto da Missão da Embaixada dos EUA em Kampala, Christopher M. Krafft, disse durante a cerimónia de entrega.

Em Novembro de 2020, os EUA doaram EPI aos hospitais de Kiruddu, Mulago, Jinja e Gulu e ao Programa de Doenças Infecciosas Emergentes, do Projecto Walter Reed, da Universidade de Makerere, projecto este que foi levado a cabo no Instituto Ugandês de Pesquisa do Vírus.

Denis Byarugaba, investigador principal do programa, agradeceu aos EUA pela doação em meio a uma carência de suprimentos a nível global.

“Assistimos nas televisões e vemos o que está a acontecer nos EUA, e vocês ainda consideram ser necessário vir e apoiar-nos,” disse Byarugaba numa reportagem da página da internet da universidade. “Estamos muito gratos por isso. O nosso trabalho de pesquisa de vigilância da gripe coloca-nos em alto risco, uma vez que fazemos a colecta de amostras em pacientes que tipicamente apresentam sintomas como os da gripe, semelhantes aos da COVID-19. A doação veio num momento oportuno.”

O Uganda encerrou escolas e proibiu grandes aglomerados públicos, mesmo antes da confirmação do primeiro caso de COVID-19, no dia 21 de Março, o que ajudou a manter as taxas de infecção baixas, no país de 42 milhões de habitantes. Mas até finais de Dezembro, todas as regiões do país estavam infectadas enquanto o vírus assolava toda a África Oriental.

O presidente ugandês, Yoweri Museveni, apelou aos seus concidadãos para manterem a vigilância nos seus esforços para conter o vírus.

“Enquanto esperamos pela vacina, não devemos ser complacentes,” disse Museveni numa reportagem da New Vision.

Os cientistas ugandeses estavam a testar o potencial das vacinas da COVID-19 conforme disse Museveni.

Um reforço imunológico que já se encontrava em uso, enquanto eram realizados ensaios em vários outros produtos, incluindo medicamentos anti-retrovirais, que matam o vírus e limitam os seus danos, e um dilatador dos brônquios,” disse Museveni num discurso proferido num canal televisivo.

“Os nossos cientistas desenvolveram dois testes diagnósticos — um dos quais utiliza a saliva e pode produzir resultados dentro de 30 minutos,” disse Museveni. “Sempre existem oportunidades na adversidade.”

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