EQUIPA DA ADF
Quando a segunda vaga da pandemia da COVID-19 atingiu Madagáscar de forma muito mais forte do que a primeira, uma nova urgência surgiu.
Os Estados Unidos também se ofereceram para apoiar o país insular na sua luta.
O governo malgaxe registou 12.318 novas infecções em Abril, perfazendo um total de 37.014 casos confirmados. O número de mortes aumentou de 433, em Março, para 643, em Abril.
O Presidente Andry Rajoelina tomou uma medida decisiva, no início de Abril, quando o vírus começou a aumentar.
Ele declarou um estado de emergência e prometeu aumentar o orçamento do Ministério de Saúde. Impôs novas restrições, que encerraram as fronteiras das regiões mais afectadas, suspendeu os voos internacionais, baniu os grandes aglomerados, encerrou os locais de adoração e converteu alguns hotéis e escolas em clínicas.
“A situação é séria,” disse no discurso do dia 14 de Abril, depois de o Ministério de Saúde ter confirmado um registo de 859 casos em 24 horas. “Comparado com a primeira vaga, a situação que enfrentamos actualmente é particularmente difícil.”
“Devemos ajudar um ao outro, unir esforços e trabalhar e lutar juntos para que esta doença cause o menor número de vítimas possível.”
No dia 1 de Abril, o Madagáscar tornou-se um dos últimos países em África a juntar-se à COVAX, uma iniciativa global dirigida pela Organização Mundial de Saúde para distribuir vacinas contra a COVID-19 aos países de baixa renda.
Os líderes mundiais aplaudiram a decisão.
“De nenhuma forma o Estado malgaxe está contra a vacinação,” disse Andry Rajoelina. “Devemos escolher cuidadosamente as vacinas adaptadas para a variante da COVID-19 que se encontra a circular em Madagáscar.”
O primeiro carregamento da COVAX, de 250.000 doses, chegou no dia 8 de Maio. Os Estados Unidos estiveram representados numa cerimónia, na pista do aeroporto.
“Gostaria de felicitar o governo de Madagáscar por tomar medidas para participar na COVAX e trazer as vacinas que são muito necessárias para o povo malgaxe,” disse o embaixador Michael Pelletier. “Os Estados Unidos estão orgulhosos de poder ser o maior contribuinte da COVAX, ajudando a garantir a entrega equitativa de vacinas seguras e eficazes em Madagáscar e no mundo.”
Os EUA comprometeram-se em apoiar o fundo da COVAX com o valor de 4 bilhões de dólares, em Fevereiro.
Durante a pandemia, os EUA apoiaram a resposta de Madagáscar à pandemia, fornecendo 2,5 milhões de dólares em financiamento de emergência e reposição de 2,2 milhões de dólares para o projecto de saúde sobre as medidas de resposta à COVID-19, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Em Outubro e Novembro de 2020, a USAID doou equipamento informático, avaliado em 29.000 dólares ao Ministério das Águas, Saneamento e Higiene de Madagáscar, para fortalecer a resposta do país à pandemia.
Em Março, a USAID forneceu equipamento de protecção individual (EPI) “da cabeça aos pés” para profissionais de saúde da linha da frente de 13 zonas de Madagáscar que lutam contra a doença.
No dia 13 de Maio, a USAID doou equipamento e suprimentos, avaliados em 10.000 dólares para seis centros de tratamento da COVID-19. O pacote incluiu macacões laváveis, botas plásticas, batas hospitalares, máscaras com filtros, luvas, dispositivos de lavagem das mãos, spray desinfectante e outros materiais de higiene.
No dia 14 de Maio, Pelletier galardoou o Dr. Gilbert Andrianandrasana com o Prémio de Campeões de Madagáscar “Mpiaradia”, da Embaixada dos EUA, pela sua liderança na entrega de EPI aos hospitais e centros de saúde do país. O Departamento de Defesa (DOD) dos EUA forneceu o EPI ao Dr. Gilbert, que é o chefe do grupo do programa de saúde IMPACT da USAID, desde 2018.
O projecto IMPACT é um programa com a duração de cinco anos, avaliado em 32 milhões de dólares, para a melhoria dos mecanismos de aquisição e entrega de medicamentos e materiais médicos em Madagáscar.
Com início em Junho de 2020, o programa fez a entrega de 45.500 viseiras médicas, 39.000 luvas, 2.600 batas descartáveis, 2.600 protectores de calçado, 650 óculos, 650 termómetros, 260 macacões, 650 frascos de gel desinfectante para hospitais e centros de saúde básicos de 13 distritos.
“O projecto iniciou na melhor altura, quando nos apercebemos do aumento substancial de casos e os hospitais estavam a enfrentar carências de EPI,” disse Gilbert num comunicado, na página da internet da Embaixada dos EUA. “Continuo a receber chamadas de autoridades sanitárias distritais e regionais para agradecer o DOD e a PSI [uma organização sem fins lucrativos denominada Population Services International que trabalha na área da saúde] pela sua ajuda de grande importância.”