EQUIPA DA ADF
Poucas semanas depois de a Namíbia ter lançado a sua campanha de vacinação contra a COVID-19, o país recebeu equipamento de alta tecnologia, avaliado em 422.000 dólares, que irá ajudar a manter os trabalhadores do laboratório em segurança.
A doação dos EUA, de 30 centrifugadores, 15 misturadores vortex, 12 armários de biossegurança, 10 geleiras e 10 congeladores, também ajudará a fortalecer a capacidade laboratorial durante o surto.
Os centrifugadores isolam o material infeccioso necessário para a testagem, enquanto os armários de biossegurança fornecem cobertura especial e fluxo do ar para manter as amostras da COVID-19 distante dos trabalhadores do laboratório. Os misturadores vortex testam as amostras para garantir que o vírus seja distribuído de maneira mais justa possível durante a extracção de ácido ribonucleico ou ARN.
As geleiras e os congeladores aumentam a disponibilidade de armazenamento com temperatura controlada para as amostras e os testes da COVID-19.
“Esta doação vem acrescentar a promessa dos EUA de ajudar a Namíbia numa altura em que todos lutamos contra este vírus,” disse a Embaixadora dos EUA na Namíbia, Lisa Johnson. “Estamos nisto juntos. A América continua comprometida a contribuir para a segurança da saúde global e ajuda humanitária em todo o mundo e aqui na Namíbia.”
Os EUA já se comprometeram em doar mais de 7 milhões de dólares para a resposta da Namíbia à COVID-19, desde Abril de 2020.
Em Novembro de 2020, os EUA fizeram a entrega de 11.000 viseiras e 3.000 testes de zaragatoa nasofaríngea àquele país. O pacote das zaragatoas incluía um sistema de recolha de amostras que era muito procurado entre as instituições de saúde do mundo inteiro.
No mês seguinte, os EUA ajudaram a financiar contratações temporárias de 24 profissionais de saúde pública, incluindo dois funcionários de saúde pública, seis enfermeiros, sete oficiais de vigilância, sete funcionários do sector administrativo e dois gestores de dados no Ministério de Saúde e Serviços Sociais. Eles foram destacados para trabalhar nas regiões de Erongo, Karas, Kavango, Khomas, Ohangwena, Omaheke e Zambezi.
Os EUA também ajudaram a Namíbia a implementar procedimentos para a recolha e o transporte seguros de amostras da COVID-19, manuseamento seguro de amostras em ambientes clínicos e laboratoriais bem como a garantia da qualidade nos procedimentos de testagem.
Com uma população de mais de 2,5 milhões de habitantes, a Namíbia espera aumentar as vacinações, visto que menos de um porcento da sua população tinha recebido uma vacina até meados de Abril, comunicou a revista Newsweek.
Uma investigação feita pela revista The Namibian demonstrou que a hesitação relacionada com a vacina era alimentada pela campanha de desinformação que prevalece nas redes sociais, como o WhatsApp.
O Dr. Ishmael Katjitae esteve entre os primeiros namibianos a receberem a vacina. Ele disse à revista namibiana New Eraque fê-lo para mostrar aos seus concidadãos que a vacina é segura.
“As pessoas têm sido vacinadas já há anos. Criancinhas têm sido vacinadas e pessoas têm vacinado animais,” disse o Dr. Katjitae à revista. “Não há dúvidas de que isso tem estado realmente a funcionar porque todos sabemos o que acontece quando alguém não é vacinado. Para mim, qualquer vacina que tenha passado por ensaios, que tenha sido testada, é eficaz.”