Cutlass Express 2024 Cria Laços e Melhora a Interoperabilidade

EQUIPA DA ADF

Enquanto a pirataria, a pesca ilegal e o tráfico de seres humanos continuavam a assolar as águas da África Oriental, as marinhas de 11 países africanos, do Reino Unido e dos Estados Unidos participaram no Cutlass Express 2024 (CE24).

O Djibouti, o Quénia e as Seychelles acolheram o exercício anual de segurança marítima no final de Fevereiro e início de Março. O Presidente das Seychelles, Wavel Ramkalawan, foi o convidado de honra da cerimónia de abertura.

O evento, realizado principalmente no Oceano Índico Ocidental, foi patrocinado pelo Comando dos EUA para África (AFRICOM) e facilitado pelas Forças Navais dos EUA em África (NAVAF) e pela 6.ª Frota dos EUA.

O Presidente das Seychelles, Wavel Ramkalawan, ao centro-esquerda, e o Chefe das Forças de Defesa das Seychelles, Brigadeiro Michael Rosette, à saída da cerimónia de abertura do Cutlass Express 2024. SUBOFICIAL DE 1.ª CLASSE ARIF PATINI/MARINHA DOS EUA

“Este exercício demonstra o nosso empenho mútuo e inabalável em garantir a segurança marítima na região,” o Brigadeiro Michael Rosette, chefe das Forças de Defesa das Seychelles, disse durante a cerimónia de abertura. “É através destas iniciativas e interacções que continuamos a melhorar a nossa interoperabilidade e a construir laços mais fortes com todos os nossos parceiros amigos na região.”

A primeira semana do exercício envolveu sessões rigorosas em sala de aula sobre a forma de impedir os crimes marítimos. A segunda semana centrou-se em tratamento táctico de baixas em combate, pontaria, manobras no mar e técnicas de combate próximo, bem como operações de observação no Centro de Operações de Coordenação Regional (RCOC) nas Seychelles.

O centro coordena operações regionais de combate aos crimes marítimos com o apoio de membros regionais, incluindo as Comores, o Djibouti, a França, em nome da Ilha Reunião, o Quénia, Madagáscar, as Maurícias e as Seychelles.

O Centro Regional de Fusão de Informação Marítima (RMIFC) de Madagáscar ajuda o RCOC a iniciar e a coordenar as operações marítimas. O RMIFC centra-se no reforço do conhecimento do domínio marítimo e na partilha de informações com centros de fusão de informações nacionais e internacionais.

Christoper Ipu, Oficial de Ligação Internacional do Quénia no Centro de Operações de Coordenação Regional nas Seychelles, informa os participantes do exercício Cutlass Express 2024. MARINHA DOS EUA

“O papel principal do RMIFC é analisar e detectar embarcações de interesse e enviar essa informação ao RCOC para que possamos tomar medidas contra elas”, disse o Capitão Sam Gontier, director regional do RCOC. “Por exemplo, se houver um navio que suspeitemos ou saibamos estar a transportar estupefacientes e os recursos mais próximos forem das Seychelles e das Maurícias, pedimos-lhes apoio e coordenamos as operações a partir daqui.”

Os centros funcionam no âmbito do programa de Segurança Marítima na África Oriental e Austral e no Oceano Índico, financiado pela União Europeia e dirigido pela Comissão do Oceano Índico. O programa apoia o destacamento de meios para operações marítimas regionais.

“Há um velho ditado em África: Se quisermos ir depressa, vamos sozinhos; se quisermos ir longe, vamos juntos”, disse Gontier.

Comores, Djibouti, Quénia, Madagáscar, Maurícias, Moçambique, Senegal, Seychelles, Somália, Tanzânia e Tunísia participaram no CE24, tal como as Nações Unidas, a Interpol e a Comissão do Oceano Índico.

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