EUA Ajudam Zanzibar a Contratar 100 Profissionais de Saúde para Lutarem Contra a COVID-19

EQUIPA DA ADF

No início de Outubro, o governo dos EUA ajudou a enviar 100 profissionais de saúde para Zanzibar para apoiar o sistema de saúde do arquipélago durante a pandemia da COVID-19.

Os profissionais de saúde irão trabalhar em quatro portos de entrada e 33 centros de saúde em Unguja e Pemba. Os profissionais foram seleccionados em colaboração com o governo de Zanzibar e enviados para unidades e portos considerados como tendo insuficiência de pessoal e de ter elevados riscos de transmissão de COVID-19.

“Uma força de trabalho robusta e adequadamente equipada é essencial para o avanço contínuo e fornecimento sustentável de respostas de prestação de cuidados de saúde de qualidade e respostas de emergência como a da COVID-19,” Ananthy Thambinayagam, director do gabinete de saúde na Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), disse durante uma cerimónia em que o envio foi anunciado. “A USAID apoia os investimentos na força de trabalho de saúde, porque uma força de trabalho de saúde forte e capaz salva vidas, especialmente agora com a pandemia da COVID-19.”

Zanzibar é um grupo semiautónomo de ilhas que se uniu à Tanzânia desde 1964. As unidades sanitárias da Tanzânia enfrentaram uma grande insuficiência de trabalhadores durante toda a pandemia.

Em Maio, os EUA doaram material médico e de higiene avaliado em 400.000 dólares ao Zanzibar.

O carregamento incluiu equipamento respiratório, como oxímetros de pulso, que estimam o pulso de uma pessoa e a saturação de oxigénio no sangue; cânulas nasais pediátricas e para adultos, que fornecem oxigénio suplementar ou aumentam o fluxo de ar para um paciente; máscaras; pulverizadores de dorso; e sacos para o descarte de substâncias perigosas.

Desde o início da pandemia, os EUA investiram 25,1 milhões de dólares na resposta da Tanzânia à COVID-19. Doações anteriores dos EUA à Tanzânia incluíram fundos de alívio da COVID-19 para fortalecer a capacidade laboratorial para melhores diagnósticos, comunicação de risco, água e saneamento, prevenção e controlo de infecções e comunicações sobre a saúde pública.

Vencer o Cepticismo da COVID-19

Ao longo do primeiro ano da pandemia, o cepticismo da COVID-19 na região era muito elevado. O falecido presidente da Tanzânia, John Magufuli, foi um céptico declarado do coronavírus que apelou aos seus conterrâneos a orarem para que a doença desaparecesse. Magufuli morreu em Março.

A sucessora de Magufuli, a presidente Samia Suluhu Hassan, trabalhou para fortalecer a resposta do país ao surto. No início de Setembro, a Tanzânia criou um projecto chamado Fortalecer a Gestão de Casos de COVID-19 nos Hospitais Regionais de Referência. O projecto com duração de 10 meses, avaliado em 750.000 dólares, visa melhorar o atendimento médico aos pacientes da COVID-19 em estado grave.

O dinheiro irá ajudar na aquisição de equipamento de terapia de oxigénio e na formação de profissionais de saúde no sentido de poderem utilizá-lo e mantê-lo.

No dia 16 de Outubro, Hassan anunciou que a Tanzânia alocou 5,1 bilhões de xelins tanzanianos (cerca de 2,2 milhões de dólares) para pesquisa destinada a acabar com a pandemia. Os fundos fazem parte de um pacote de 567,25 milhões de dólares, aprovado para Tanzânia pelo Fundo Monetário Internacional.

“A pesquisa é um pilar fundamental para a luta global contra o vírus e outras doenças,” Hassan disse durante uma cerimónia no Centro Médico Cristão de Kilimanjaro, em Moshi.

A Tanzânia divulgou os dados da COVID-19 em finais de Junho — pela primeira vez depois de mais de um ano. Os dados, que incluíram estatísticas de Zanzibar, foram divulgados numa altura em que o país experimentava a terceira vaga de infecções.

Até ao dia 19 de Outubro, a Tanzânia tinha reportado mais de 17.800 casos de COVID-19 e 50 mortes, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças. Contudo, os números não tinham sido actualizados desde o dia 11 de Agosto.

O Vice-Presidente de Zanzibar, Seif Sharif Hamad, morreu em Fevereiro, semanas depois ter testado positivo para a COVID-19.

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