EQUIPA DA ADF
O governo dos EUA doou uma máquina de raio-X móvel para o Hospital de Referência de Kibuye, Ruanda, em Maio, numa altura em que o distrito experimentava um aumento acentuado no número de casos de infecções pela COVID-19.
A nova máquina, avaliada em 44 milhões de francos ruandeses (43.900 dólares), é uma componente essencial na recentemente reabilitada unidade de cuidados intensivos (UCI), visto que pode ajudar a diagnosticar a COVID-19 e outras doenças respiratórias.
“Estamos muito felizes de poder receber esta máquina de raio-X oferecida pela Embaixada dos EUA, que irá ajudar o Hospital de Referência de Kibuye a providenciar a mais alta qualidade de prestação de cuidados de saúde para os pacientes de todas as províncias da parte ocidental,” disse Vestine Mukarutesi, presidente do município de Karongi.
A nova máquina de raio-X é a primeira de muitas que serão doadas para as UCIs da COVID-19 em Ruanda, afirmou a Embaixada dos EUA em Ruanda, num comunicado de imprensa.
O Embaixador dos EUA no Ruanda, Peter Vrooman, e o Dr. Sabin Nsanzimana, director-geral do Centro Biomédico do Ruanda, fizeram uma visita à recentemente reabilitada UCI do hospital, durante a cerimónia de entrega. Os EUA doaram seis ventiladores para apoiar a UCI, em Kibuye, no ano passado.
“Obrigado ao governo dos EUA,” disse Sabin. “Não apenas pela máquina de raio-X portátil, mas também pelas muitas outras doações. Especialmente pelos ventiladores; eles estão a ajudar a salvar vidas.”
Os EUA doaram mais de 17 bilhões de francos ruandeses (cerca de 20,7 milhões de dólares) para apoiar a resposta do Ruanda à COVID-19 desde que a pandemia começou. As doações dos EUA ajudaram a financiar a construção de estações de lavagem das mãos em todo o Ruanda, apoiaram as comunicações públicas sobre o vírus e forneceram veículos para apoiar no rastreamento de contactos.
O governo dos EUA também forneceu equipamento de diagnóstico laboratorial, monitores dos pacientes, camas hospitalares, equipamento de protecção individual e outros itens.
“Os Estados Unidos e o Ruanda têm uma parceria forte em matérias de saúde pública, e ela salva vidas,” disse Vrooman.
A resposta do Ruanda à COVID-19 ganhou elogios a nível global quase que desde o seu começo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aplaudiu a resposta multifacetada e proactiva do país através de inovações médicas, tecnologia criativa usada no tratamento dos pacientes e na persuasão do público.
No início de Maio, o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, disse à OMS que o país estava a negociar com os produtores da vacina contra a COVID-19 para determinar como as doses podiam ser produzidas localmente. Kagame disse que o Ruanda deseja produzir vacinas, utilizando a tecnologia do ARN mensageiro, que as vacinas contra a COVID-19 da Moderna e da Pfizer também utilizam.
O Ruanda precisa de pelo menos 13 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 para imunizar 60% da sua população — aproximadamente 7,5 milhões de pessoas — até Junho de 2022. A entrega de vacinas por parte da Índia teve um atraso por causa do aumento dramático no número de infecções naquele país.
A União Europeia anunciou, durante a Cimeira Mundial da Saúde, em finais de Maio, que irá investir 122,5 bilhões de dólares para a construção de centros de produção da vacina contra a COVID-19 em África.
Ayoade Alakija, co-presidente da Aliança Africana de Entrega de Vacinas, disse ao Financial Times que a aliança tinha três locais em mente para os futuros centros de fabrico, nomeadamente Ruanda, África do Sul e no Instituto Pasteur, Senegal.