EQUIPA DA ADF
Com o Ruanda a enfrentar a terceira vaga mortal da COVID-19, os Estados Unidos da América prontificaram-se em ajudar.
O governo dos EUA doou suprimentos médicos, avaliados em 172 milhões de francos ruandeses (174.885 dólares), no dia 22 de Junho, como parte do seu compromisso para ajudar aquele país a combater a pandemia.
No dia seguinte, o país registou 964 novos casos — o seu terceiro dia consecutivo a quebrar o recorde num único dia.
“Se o país registar acima de 100 casos diariamente, é um grande desafio,” Ministro da Saúde, Dr. Daniel Ngamije, disse numa transmissão nacional, no início do mês de Junho, quando os casos começaram a aumentar significativamente.
Dr. Albert Tuyishime, o director do Instituto de Prevenção e Controlo do HIV/SIDA, no Centro Biomédico do Ruanda, recebeu a doação dos EUA do Embaixador Peter Vrooman. Fazem parte da oferta aproximadamente 100 vídeo-laringoscópios, um dispositivo de entubação para pacientes em estado grave e 8.300 oxímetros de pulso, um dispositivo que mede os níveis de oxigénio no sangue.
O Centro de Controlo de Doenças (CDC), dos EUA, coordenou as doações e desempenhou um papel fundamental, apoiando a habilidade do Ruanda de prevenir, detectar e responder à COVID-19.
O Centro Biométrico do Ruanda agradeceu, através de um comunicado, ao Centro de Controlo de Doenças (CDC), dos EUA, pelos laringoscópios, que serão utilizados “para apoiar a gestão de casos da COVID-19. Os oxímetros de pulso serão utilizados pelos agentes comunitários de saúde nas suas consultas diárias de acompanhamento.”
As ferramentas irão fornecer apoio urgente aos médicos e agentes comunitários do país, numa altura em que o Ruanda luta contra uma nova vaga da COVID-19.
“A parceria em saúde pública, entre os Estados Unidos e o Ruanda, está a ajudar a salvar vidas, todos os dias, enquanto trabalhamos juntos para lutar contra a COVID-19 e outros grandes desafios de saúde pública,” disse Vrooman, na cerimónia de entrega.
Os 96 novos vídeo-laringoscópios irão garantir que os pacientes de COVID-19 tenham o oxigénio de que precisam para sobreviver. Cada novo kit de vídeo-laringoscópicos inclui modelos para adultos e para crianças.
Os 8.300 novos oxímetros de pulso serão distribuídos amplamente para ajudar os agentes comunitários de saúde a utilizarem os níveis de oxigénio para identificar as pessoas que precisam de tratamento médico avançado.
Os EUA doaram cerca de 17 milhões de dólares para a resposta do país à COVID-19, desde Março de 2020. Este apoio incluiu a construção de estações de lavagem das mãos em todo o Ruanda; apoio para comunicações públicas; pessoal e viaturas para apoiar o rastreamento de contactos; equipamento e suprimentos para diagnósticos laboratoriais; apoio para a formação de profissionais de saúde da linha da frente; equipamento médico incluindo ventiladores, monitores para pacientes, camas hospitalares, unidades de cuidados intensivos, máquinas de raios-X móveis, vídeo-laringoscópios e oxímetros de pulso; e suprimentos de prevenção e controlo de infecções, como recipientes de agentes nocivos, álcool, sabão e equipamento de protecção individual.
No dia 21 de Junho, o presidente Paul Kagame, do Ruanda, reimpôs restrições rígidas, suspendendo todos os aglomerados sociais e estendendo o período do horário do recolher obrigatório, das 19:00 horas às 04:00 horas da manhã. O Ruanda também restringiu a movimentação de distrito para distrito e voltou a enfatizar o uso de máscaras, a lavagem das mãos e o distanciamento social.
A campanha do Ruanda de vacinar 60% da população — aproximadamente 7,5 milhões de pessoas, até Junho de 2022, até agora alcançou pouco mais de 3% com cerca de 3,5 milhões de doses que se esperam receber até ao final deste ano.
“O que pedimos é que as pessoas sejam encorajadas a ser vacinadas,” disse Ngamije. “Ainda nem sequer vacinamos 10% da nossa meta.”