Doação de Camas de Unidade de Cuidados Intensivos Reforça a Resposta da Namíbia à COVID-19
EQUIPA DA ADF
Numa altura em que os especialistas alertam para uma provável quarta vaga de infecções pela COVID-19 em África, os Estados Unidos doaram 70 camas para uso em unidades de cuidados intensivos (UCI) do Ministério de Saúde e Serviços Sociais da Namíbia.
Avaliadas em mais de 700.000 dólares namibianos (46.000 dólares americanos), as camas serão distribuídas pelos hospitais das cidades de Gobabis, Katima, Katutura, Mulilo, Oniipa, Oshakati, Rundu, Swakopmund e Walvis Bay. Os Estados Unidos doaram as camas no dia 20 de Outubro.
Durante a terceira vaga da COVID-19 muitos centros de saúde da Namíbia não tinham camas suficientes nas unidades de cuidados intensivos para satisfazer a demanda. As camas são cruciais para tratar pacientes de COVID-19 com graves problemas respiratórios.
“Estas camas equipadas com tecnologia de ponta irão ajudar a melhorar a gestão de casos clínicos da COVID-19 e não relacionados com a COVID-19,” McDonald Homer, representante nacional da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, disse na cerimónia de entrega, em Windhoek.
Os EUA têm planos para enviar um número adicional de 200 camas de hospital de campanha de emergência para ajudar a Namíbia a responder a futuros surtos de infecções pela COVID-19.
Impulsionada pela variante Delta do coronavírus, a terceira vaga da pandemia assolou a Namíbia de forma agressiva em Julho. Os hospitais de todo o país estiveram superlotados e os profissionais de saúde estiveram física e emocionalmente exaustos. A falta de camas hospitalares e oxigénio médico casou um aumento alarmante de mortes pela COVID-19, colocando as casas mortuárias no limite máximo da sua capacidade.
De acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, a Namíbia registou aproximadamente 129.000 casos de infecções pela COVID-19 e 3.550 mortes, até ao dia 28 de Outubro.
Ao todo, os EUA doaram mais de 6,7 milhões de dólares para a resposta da Namíbia à COVID-19.
Em Julho, os EUA entregaram 176 computadores tablet, 53 computadores laptop e 250 dispositivos de monitoria remota da temperatura àquele país. A doação foi feita uma semana depois de a BBC ter anunciado que a Namíbia tinha a mais elevada taxa de mortalidade diária pela COVID-19 do mundo, de 22 pessoas por 1 milhão. As taxas de infecção registaram um declínio gradual e a Namíbia registou menos de 50 infecções pela COVID-19 ao longo da maior parte do mês de Outubro.
Da mesma forma, em Julho, os EUA doaram equipamento de protecção individual e materiais avaliados em 294.000 dólares americanos ao Ministério de Saúde da Namíbia. A encomenda incluiu 140.000 máscaras cirúrgicas, mais de 25.000 máscaras N95, 2.000 viseiras, 87.000 luvas, 21.000 batas e fatos de protecção, 450 litros de sabão antibacteriano e 12.000 rolos de papel higiénico.
Em Abril, os Estados Unidos doaram 30 centrifugadores, 15 misturadores vortex, 12 cabines de biossegurança, 10 frigoríficos e 10 congeladores para ajudar a fortalecer a capacidade laboratorial e proteger os funcionários do laboratório.
A Economia e o Emprego Ressentem-se
A COVID-19 prejudicou a economia baseada no sector mineiro e do turismo da Namíbia. Em Junho, o presidente da Namíbia, Hage Geingob, criou a Força-Tarefa para a Recuperação Empresarial para ajudar as empresas a ultrapassarem a crise financeira.
“A COVID-19 causou impactos socioeconómicos adversos e perdas empresariais jamais vistas, os quais foram amplamente antecipados,” disse Geingob. “Sendo assim, espero que os membros desta força-tarefa possam garantir a recuperação eficiente e eficaz das empresas que se encontram na crise financeira, preservando empregos e possibilitando uma forte cultura de empreendedorismo no país.”
A economia da Namíbia contraiu-se em 6,5% no primeiro trimestre de 2021, noticiou a Reuters. A sua economia contraiu-se num valor recorde de 8% em 2020.
Devido parcialmente à COVID-19, mais de 145.000 funcionários namibianos perderam os seus empregos, entre 1 de Janeiro de 2020 e 30 de Setembro de 2021, reportou o jornal The Namibian.
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