Plataforma Financeira Ajuda Hospitais a Adquirir Equipamento Médico
EQUIPA DA ADF
A Corporação Financeira Internacional (IFC, sigla em Inglês) lançou uma plataforma de 4 bilhões de dólares para ajudar os países em desenvolvimento a adquirirem equipamento médico para combater a COVID-19.
A IFC é o braço do sector privado do Grupo do Banco Mundial. Em meados de Abril, lançou parcerias com a empresa de fabrico de equipamento médico, Phillips, e com o Banco Cooperativo do Quénia para ajudar pequenas empresas africanas de prestação de cuidados de saúde a adquirirem equipamento médico essencial, numa altura em que a pandemia continua a assolar o mundo.
As parcerias são a primeira acção que vem através da Facilidade Africana para a Aquisição de Equipamento Médico, visando ajudar as pequenas empresas a acederem a até 300 milhões de dólares em empréstimos e financiamentos. A maior parte das pequenas operações de prestação de cuidados médicos em África não consegue obter empréstimos bancários devido aos seus altos riscos de investimento, reportou o jornal online queniano Tuko.
Através desta facilidade, a IFC está a ajudar provedores de serviços de saúde nos Camarões, Costa do Marfim, Quénia, Ruanda, Senegal, Tanzânia e Uganda a adquirirem equipamento médico e laboratorial de alta qualidade, de acordo com um relatório da Associação Africana de Participações Privadas e de Capital de Risco.
“As despesas com a saúde são um dos maiores itens orçamentais em muitos agregados familiares do Quénia,” PCA do Banco Cooperativo do Quénia, Gideon Muriuki, disse ao Tuko. “Todo o apoio para fazer com que seja fácil que o sector prospere e beneficie o nosso povo é bem-vindo.”
A carência de equipamento em África representa um grande desafio. Uma pesquisa dos Estados-membros da Organização Mundial de Saúde demonstrou que apenas 11% dos países inquiridos em África tinham pelo menos uma máquina de imagens por ressonância magnética para cada 1 milhão de pessoas e apenas 24% tinha pelo menos um scanner de tomografia computorizada para cada 1 milhão de pessoas, de acordo com a IFC.
“Muitas pequenas empresas de prestação de cuidados de saúde em África não possuem o equipamento de que precisam para responder à COVID-19 e para oferecer outros serviços vitais,” Makhtar Diop, director-geral da IFC, disse à Associação Africana de Participações Privadas e de Capital de Risco (AVCA). “Abrir as possibilidades de acesso a finanças pode salvar vidas agora e irá, a longo prazo, fortalecer os sistemas de prestação de cuidados de saúde no continente.”
Winifred Jansen, líder da área de sistemas de saúde da Philips Africa, caracterizou o acesso a cuidados de saúde de qualidade em África como sendo “uma das questões mais prementes dos nossos tempos.”
“Muitas clínicas do continente gostariam de investir em novas tecnologias médicas, mas encontram dificuldades para obter os financiamentos necessários,” Jansen disse à AVCA. “Através desta parceria, estamos a possibilitar que as instituições de prestação de cuidados de saúde possam disponibilizar serviços de prestação de cuidados de saúde de qualidade para um grande grupo de pessoas.”
A PCA da IFC, Stephanie von Friedeburg, disse à Reuters que a organização está a trabalhar com a Gavi, a Aliança das Vacinas, para financiar projectos capazes de aumentar a produção da vacina contra a COVID-19 nos países em desenvolvimento.
No início deste ano, o Banco Cooperativo do Quénia obteve um empréstimo da IFC, de 75 milhões de dólares, para apoiar pequenas empresas prejudicadas pela pandemia, de acordo com o jornal queniano, The Star.
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