Material Doado Ajuda a Polícia Nigeriana a Combater Terroristas

EQUIPA DA ADF

O Estado de Borno, na Nigéria, é o local onde nasceu a revolta armada do Boko Haram. É também a província que mais foi atingida.

O grupo terrorista causou uma devastação e assassinou dezenas de milhares de pessoas desde a sua formação naquela região nordeste em 2009.

No ano transacto, o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, trabalhou no sentido de aumentar o tamanho e o âmbito das forças paramilitares e da polícia.

Os Estados Unidos estão a apoiar estes esforços.

“Iremos direccionar a nossa atenção e esforços para revigorar e reorganizar o aparelho de segurança,” prometeu Buhari numa transmissão do Dia de Ano Novo em meio a um aumento significativo na violência dos insurgentes.

Para ajudar, a Embaixada dos EUA em Abuja doou equipamento avaliado em 325.000 dólares à Força Policial da Nigéria para ajudar a manter a paz no nordeste.

Os EUA forneceram coletes à prova de balas, capacetes à prova de balas, óculos e 20 escudos à prova de balas aos 500 oficiais da Força Móvel da Polícia (PMF) que trabalha naquele Estado. Os EUA também doaram uma tenda, redes mosquiteiras, caixas de primeiros socorros, produtos de higiene, lanternas de grande capacidade e esteiras dobráveis.

James Jewett, director do gabinete de combate ao narcotráfico internacional e aplicação da lei, na embaixada, apresentou o equipamento ao comissário nigeriano da PMF, Mohammed Akeera, numa cerimónia que decorreu no dia 29 de Janeiro, na capital do país.

“Temos o orgulho de estar lado a lado com os agentes da lei nigerianos que estão na linha da frente da manutenção da paz e segurança,” disse Jewett. “Esta doação irá melhorar a saúde e a segurança daqueles homens e mulheres corajosos comprometidos em garantir a lei e a ordem.”

A PMF, composta por 40.000 membros, encontra-se espalhada em todo o país, dividida em 79 esquadrões. Criada em 1961, a mesma evoluiu para uma força de segurança e de combate ao crime e ao terrorismo. Possui ainda algumas unidades destacadas como forças internacionais de manutenção da paz.

Apesar de cinco anos de redução do terrorismo desde 2014 a 2019, de acordo com o Índice de Terrorismo Global, a Nigéria, em 2020, ainda se classifica em terceiro lugar no mundo depois do Afeganistão e do Iraque, entre os países afectados pelo terrorismo.

A situação no Estado de Borno piorou significativamente quando o Boko Haram aumentou os ataques e raptos há poucos meses enquanto causava ameaças na maioria das principais estradas da capital do Estado, Maiduguri.

Dezenas de agricultores foram massacrados quando trabalhavam nas machambas de Zabarmari, em finais de Novembro de 2020, uma atrocidade que mereceu condolências e destaque na imprensa internacional.

Falando aos repórteres no funeral das vítimas, o governador do Estado de Borno, Babagana Zulum, deixou um apelo para que houvesse mais forças de segurança na região.

“Isto é muito triste,” disse. “O nosso povo está a passar por situações muito difíceis. As pessoas estão a enfrentar duas condições extremas diferentes. Por um lado, ficam em casa e podem morrer à fome. Por outro lado, saem para as suas machambas e arriscam-se a ser mortos pelos insurgentes.”

Zulum tem conhecimento em primeira mão da ameaça de terrorismo no Estado de Borno. No ano passado, o Boko Haram atacou a sua coluna três vezes num espaço de três meses. Ele escapou sem nenhum ferimento.

Depois de um desses ataques, em que 30 membros da força de segurança foram mortos, o Inspector-Geral da Polícia Nigeriana, Mohammed Adamu, divulgou uma nota na tentativa de tranquilizar os cidadãos da região:

“A moral dos agentes da polícia e de outras agências envolvidas na garantia da segurança, especialmente no Estado, não baixou e não irá baixar por causa do incidente.

“Pelo contrário, o incidente serviu também como um ímpeto para fortalecer a decisão e o compromisso do pessoal da força na luta contra os insurgentes.”

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