AGÊNCIA FRANCE-PRESSE
Dezenas de residentes locais perfilam-se ansiosos à medida que o comboio pára lentamente, na estação, numa zona remota da província costeira do Cabo Oriental, na África do Sul.
O famoso Comboio de Esperança veio para providenciar testes de despiste da COVID-19 num dos pontos de maior incidência do vírus na África do Sul, a partir de uma clínica móvel especialmente equipada para o efeito.
A região do Cabo Oriental, em meados de Junho de 2020, representou 14% das infecções pela COVID-19 na África do Sul. Desde que o primeiro caso foi registado no dia 5 de Março, o país mais industrializado de África registou o maior número de casos do continente.
O comboio tinha antes operado como uma instalação de prestação de cuidados de saúde gerais, oferecendo serviços dentários, consultas de oftalmologia e serviços de aconselhamento em mais de 70 comunidades rurais da África do Sul. O comboio financiado pelo Estado foi readaptado para ser uma locomotiva de “esperança” na luta contra o vírus na África do Sul.
O comboio, conhecido nos tempos normais como Phelophepa, que significa “saúde boa e limpa” em língua Sotho e Tswana, cruza o país durante nove meses do ano.
“Arquivamos os serviços do Phelophepa e agora estamos unicamente a lidar com a questão da COVID-19,” disse a gestora do comboio, Bheki Mendlula.
“Agora me apercebi, de repente, que o corona[vírus] é real e penso que devo saber qual é o meu estado, saber se estou segura ou não,” disse Sinisipho Nxojelwa antes de fazer o teste.
Ela estava preocupada achando que a tia, uma enfermeira que vive com a família, pudesse ter trazido a infecção do trabalho para casa. As autoridades de saúde mobilizaram dezenas de milhares de voluntários para viajarem à procura de casos de COVID-19.
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