EQUIPA DA ADF
A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) doou recentemente 1,4 milhões de dólares em equipamento médico e material de formação para melhorar as habilidades dos funcionários do sector de saúde da linha da frente, nos Estados de Bauchi e Sokoto, no norte da Nigéria.
O material é destinado a ajudar a lidar com os problemas nacionais de longa data relacionados com os serviços de saúde reprodutiva, materno-infantil, de pediatria, de nutrição e de malária, Paul McDermott, chefe do Gabinete de Saúde, População e Nutrição, da USAID, na Nigéria, disse à ADF, num e-mail. A propagação da COVID-19 parece não ter exacerbado estes problemas, embora as medidas do confinamento obrigatório tenham provocado uma diminuição dos serviços de imunização, que o governo nigeriano tem planos de melhorar, disse ele.
Os itens doados, incluindo manuais de capacitação, materiais auxiliares do trabalho, equipamento e outros insumos serão utilizados em mais de 360 unidades sanitárias nos dois Estados.
Os materiais serão utilizados “durante as capacitações no local e nas capacitações de acompanhamento, para melhorar as habilidades práticas e as competências dos funcionários do sector de saúde,” disse McDermott. “O equipamento inclui modelos anatómicos utilizados para simular situações da vida real e fornecer uma oportunidade para que funcionários do sector de saúde ganhem experiência prática em situações onde uma pessoa real não pode ser usada como modelo para a capacitação.”
Os itens incluem cartazes, flipcharts e folhetos que irão “ajudar a fortalecer as habilidades dos trabalhadores da saúde e garantir que se mantenham os padrões de qualidade,” acrescentou McDermott.
Na Nigéria, problemas sérios de saúde relacionados com a desnutrição e a malária continuam a afectar as zonas rurais. Estima-se que 2 milhões de crianças nigerianas e 7% de mulheres nigerianas de idade fértil sofrem de desnutrição aguda, que pode levar a falta de crescimento e desenvolvimento nas crianças, entre outros problemas de saúde.
Em 2019, os EUA e a Nigéria iniciaram uma parceria de cinco anos para impulsionar a nutrição e a segurança alimentar daquele país africano, melhorando os investimentos em crescimento económico através da agricultura.
A Nigéria regista mais casos anuais de malária — cerca de 100 milhões — e mortes — mais de 300.000 — do que qualquer outro país no mundo, de acordo com a Embaixada dos EUA, na Nigéria. Esta doença causada pelo mosquito é responsável por 60% das consultas externas e 30% dos internamentos entre crianças nigerianas com idades inferiores a 5 anos. Os sintomas incluem febre, dores de cabeça, vómitos e fadiga.
Em 2018, a Nigéria foi responsável por um quarto dos casos de malária no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Os EUA já há muito tempo vêm ajudando o sistema de saúde nigeriano. Mais de 20 anos de apoio americano ajudaram a Nigéria a erradicar o vírus selvagem da pólio no início deste ano, e os EUA já doaram mais de 54 milhões de dólares à Nigéria desde que a primeira infecção pela COVID-19 foi confirmada, naquele país, em Fevereiro.
Em Agosto, os EUA efectuaram a entrega de 200 ventiladores à Nigéria para fortalecer a resposta daquele país da África Ocidental à COVID-19. Pouco depois de a pandemia ter atingido a Nigéria, o país de cerca de 196 milhões de pessoas apenas tinha um total de 500 ventiladores, que podem ajudar a prolongar a vida de pacientes em estado crítico, com graves problemas de respiração.
Os EUA ajudaram o Ministério de Saúde da Nigéria a efectuar a entrega dos ventiladores aos centros de tratamento e unidades de cuidados intensivos em todo o país e prestou assistência nos esforços de controlo da COVID-19.