EQUIPA DA ADF
O governo dos EUA anunciou que iria fornecer 200.000 dólares em ajuda ligada à COVID-19 às Comores em meio a uma subida constante nas taxas de infecção naquele arquipélago.
Os fundos ajudarão a formar profissionais de saúde, adquirir equipamento de protecção individual (EPI), fortalecer a vigilância da COVID-19, consciencializar o público sobre a doença e aumentar o acesso a oxigénio médico, que é de extrema importância para a prestação de cuidados aos doentes em estado grave.
As Comores são uma cadeia de ilhas que se localizam no Oceano Índico Ocidental, próximo do limite norte do Canal de Moçambique. Possui uma população de pouco menos de 870.000 pessoas.
“Este apoio constitui um acréscimo para a recente distribuição de 52.000 dólares em equipamento de protecção individual aos centros de saúde de todas as três ilhas,” Amy Hyatt, encarregada de negócios dos EUA para o Madagáscar e para as Camarões, disse durante a cerimónia de entrega. “O projecto foi financiado pelo Comando dos Estados Unidos para África e distribuído com a ajuda do UNICEF e da USAID [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional]. Estamos gratos pela colaboração do Ministério de Saúde nestes dois projectos.”
O anúncio das doações foi feito no início de Outubro, um dia depois da distribuição de EPI aos profissionais de saúde de sete clínicas das Comores. O equipamento inclui 39.000 viseiras médicas, 39.000 luvas, 6.500 batas descartáveis, 2.600 protectores de calçado descartáveis, 650 óculos, 650 termómetros e 650 frascos de gel desinfectante.
“Este equipamento que cobre todo corpo, doado pelo governo dos EUA, irá manter estes heróis das Comores saudáveis e a continuarem o seu trabalho vital de cuidar dos doentes que padecem de coronavírus,” disse Ryan Bradeen, porta-voz da Embaixada dos EUA no Madagáscar e nas Comores.
O Ministério de Saúde das Comores, Loub Yacout Zaïdou, abordou a situação da COVID-19 do país em Janeiro, numa entrevista com o jornal das Comores, Al-Watwan.
“De qualquer modo, estamos a enfrentar uma situação preocupante, com casos muito graves e mortes,” disse Zaïdou numa altura em que o país entrava para a sua segunda vaga de infecções. “Sem dúvidas, existem mortes que podiam ter sido evitadas se pelo menos os doentes se tivessem apresentado rapidamente ao centro de saúde em vez de serem tratados em casa. Este comportamento é inaceitável e perigoso.”
O número de casos de COVID-19 anunciado nas Comores regista um declínio constante desde os finais de Janeiro.
Até 15 de Outubro, as Comores tinham registado menos de 4.200 casos de COVID-19 e cerca de 150 mortes, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças. Um aumento gradual no número de casos de COVID-19 registado nas Comores, que começou em finais de Fevereiro, continuou até meados de Outubro.
Os EUA também apoiaram os esforços de prevenção da COVID-19 no Madagáscar. Em Agosto, os EUA doaram 60 sprays desinfectantes, 400 dispositivos para a lavagem das mãos, 34 caixas de sabão e 60 recipientes de 20 litros ao Ministério de Água, Saneamento e Higiene do Madagáscar.