EQUIPA DA ADF
Uma série de nove partes mapeando o surgimento global do Afrobeats acaba de estrear em Lagos, Nigéria. “Afrobeats: Os Bastidores” foi filmado durante 20 anos.
O documentário foi produzido pelo cineasta nigeriano, Ayo Shonaiya, e financiado pelos serviços de streaming de música, Boomplay, de acordo com a BBC. A Boomplay, com os seus 56 milhões de subscritores, fornece uma plataforma confiável e flexível para apoiar a música africana de todos os géneros. É a maior plataforma de streaming de música na África Subsaariana.
O Afrobeats não deve ser confundido com Afrobeat, um género desenvolvido nas décadas de 1960 e 1970 e misturado com jazz americano e funk. As características do Afrobeat incluem bandas grandes, solos instrumentais longos e ritmos complexos semelhantes ao jazz. O artista de Afrobeat, Fela Kuti, atribuiu o nome ao género.
Entretanto, o Afrobeats é descrito como um descendente do Highlife e da música nigeriana, Fuji. O Highlife é um género musical que originou no que hoje é o Gana, no século XIX. Utiliza estruturas melódicas e rítmicas da música tradicional Akan, do Gana e da Costa do Marfim, mas é tocada com instrumentos ocidentais. É caracterizado por trombetas de jazz e várias guitarras, que lideram a banda. Nestes últimos anos, evoluiu para um som com um ritmo acelerado e cheio de sintetizadores.
Os críticos da música africana foram cuidadosos para distinguir o Afrobeat do Afrobeats.
Alguns círculos argumentam que o Afrobeat é basicamente a música de Kuti, que morreu em 1997 e continua a ser o artista musical mais influente de África. O Afrobeats é um género menos específico e simplificado como a música pop africana.