EQUIPA DA ADF
Os EUA doaram um hospital de campanha móvel ao Ministério de Saúde do Djibouti, em finais de Maio, depois de o país ter experimentado um aumento acentuado no número de infecções pela COVID-19 em Abril.
Os EUA doaram hospitais de campanha a outros países, como Etiópia, Quénia, Níger, Nigéria e África do Sul, desde que a pandemia começou. Eles geralmente custam 1,3 a 1,6 milhões de dólares e podem ser enviados para zonas remotas.
O General do Exército dos EUA, Stephen Townsend, comandante do Comando dos Estados Unidos para África (AFRICOM) e o Embaixador dos EUA, Jonathon Pratt, visitaram o hospital na companhia das autoridades do Djibouti durante uma cerimónia de entrega.
“É nosso objectivo prioritário fortalecer a segurança para os Estados Unidos, Djibouti e para a região de modo a melhorar o acesso de cada cidadão a serviços médicos essenciais,” disse Pratt.
Desde que a pandemia começou, o AFRICOM contribuiu com 6,2 milhões de dólares para os esforços de alívio da COVID -19 do Djibouti. O país registou o seu primeiro caso em Março de 2020.
Em Setembro de 2020, os EUA doaram uma máquina de reacção em cadeia da polimerase ao Djibouti. A máquina detecta vírus e outros agentes contagiosos através da amplificação de amostras isoladas de DNA para estudos moleculares e genéticos. Os dispositivos também detectam HIV/SIDA, tuberculose e hepatite C, entre outras doenças.
Outras doações incluem 95 camas hospitalares, máquinas de electrocardiogramas que fazem a monitoria dos sinais vitais dos pacientes, 25.000 pares de luvas de latex, 4.000 máscaras e 500 kits de higiene.
Em Março, o Djibouti tornou-se no segundo país da região do Médio Oriente e do Norte de África, da Organização Mundial de Saúde (OMS), a receber vacinas contra a COVID-19, através da COVAX, a coligação global para garantir a distribuição equitativa das vacinas. A primeira fase da campanha de vacinação do Djibouti tinha como alvo profissionais de saúde, pessoas com mais de 50 anos de idade e aqueles que padecem de outras doenças.
“A chegada destas vacinas marca uma nova fase na resposta contínua à COVID-19 no Djibouti,” Dr. Mondher Letaief, representante da OMS no Djibouti, disse na página da internet da organização. “Quanto mais pessoas são vacinadas, mais eficazes as vacinas se tornam, reduzindo assim a propagação do vírus, baixando as taxas de infecção e protegendo toda a sociedade. Mas devemos sempre recordar que as vacinas apenas funcionam quando combinadas com todas as outras estratégias de saúde pública.”
Mohamed Warsama Dirieh, Ministro de Saúde do Djibouti, expressou gratidão pelas vacinas.
“As vacinas são uma parte importante para o controlo da propagação do vírus e para o nosso eventual regresso à normalidade,” disse na página da internet da OMS, acrescentando que aqueles que forem elegíveis para receber as vacinas devem ser vacinados assim que possível.
Neste mês de Junho, a administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que o Djibouti seria um dos 92 países que partilharia uma doação de 500 milhões de doses de vacinas da COVID-19 ao longo do próximo ano.
“Temos de acabar com a COVID-19, não apenas internamente, o que estamos a fazer, mas em todos os lugares,” disse Biden durante uma conferência de imprensa em Suffolk, Inglaterra. “Não existe muralha suficientemente alta para nos manter seguros contra esta pandemia ou contra a próxima ameaça biológica que enfrentarmos, e haverá outras. É necessário que haja medidas multilaterais coordenadas.”
As autoridades de saúde pública do Djibouti, em termos gerais, “geriram muito bem a crise [da COVID-19],” de acordo com um avaliação da OMS. Pouco mais de 150 mortes pela COVID-19 foram registadas naquele país, até ao dia 16 de Junho, conforme demonstram as estatísticas do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.