EQUIPA DA ADF
Quando uma segunda vaga de casos de COVID-19 surgiu no Ruanda, o governo dos EUA contribuiu com cerca de 5 milhões de dólares para a resposta do país à pandemia.
Os fundos doados em Fevereiro e em Março ajudaram a adquirir máscaras, luvas e outro equipamento de protecção individual para manter os médicos, enfermeiros e outro pessoal de saúde da linha da frente do Ruanda em segurança.
Os fundos dos EUA também apoiaram programas de formação no campo de epidemiologia — que ajudaram as autoridades de saúde a rastrearem, conterem e eliminarem surtos de doenças — testes de diagnósticos laboratoriais, gestão de dados electrónicos e esforços de assistência às comunidades e igrejas em matérias de COVID-19.
Depois de uma doação semelhante em Novembro de 2020, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional também doou duas viaturas Toyota Land Cruiser, para ajudar as autoridades do Ruanda a detectarem de forma mais rápida os casos de COVID-19. A agência também está a formar o pessoal de saúde do Ruanda na utilização de ventiladores.
“Há um ano, eu disse que estava confiante de que o Ruanda e os Estados Unidos seriam capazes de ultrapassar os desafios da COVID-19,” Embaixador dos EUA em Ruanda, Peter Vrooman, disse numa mensagem gravada em vídeo. “E juntos conseguimos ultrapassar um ano de desafios.”
Vrooman também observou que os EUA doaram 2 bilhões de dólares para a COVAX, o plano global de distribuição equitativa de vacinas da COVID-19, e comprometeram-se em doar outros 2 bilhões de dólares ao programa.
Os EUA ofereceram cerca de 17,4 milhões de dólares ao Ruanda desde que a pandemia começou. As doações anteriores incluíram 100 ventiladores, que ajudaram pacientes gravemente doentes da COVID-19 a respirar, camas hospitalares, desinfectante e fundos para melhorar a biossegurança, a vigilância a níveis central e distrital e ainda os esforços de prevenção de infecções.
As autoridades anunciaram a mais recente doação dos EUA numa altura em que o Ruanda batalhava contra uma segunda vaga de infecções pela COVID-19.
É difícil identificar o que terá causado a segunda vaga de infecções, Dr. Théodore Niyongabo, professor de medicina interna, no Hospital Universitário Kagame, disse ao jornal ruandês Iwacu.
“Os factores determinantes da vaga variam de país para país,” disse Niyongabo. “Será que estamos na presença de uma nova variante? Será que houve algum relaxamento nalgum ponto no seio da população com relação aos gestos de bloqueio? As hipóteses são várias.”
O Ruanda também começou com a segunda fase da sua campanha nacional de vacinação no início de Abril. A vacina da AstraZeneca será utilizada durante a segunda fase. Durante a primeira fase, os ruandeses receberam vacinas da AstraZeneca e da Pfizer.
“Para além das vacinas pagas pelo governo, também esperamos receber mais 200.000 provenientes da facilidade COVAX,” Ministro de Saúde do Ruanda, Daniel Ngamije, disse à imprensa local.
As taxas de infecção relativamente baixas do Ruanda são, em termos gerais, atribuídas às inovações médicas, à tecnologia de ponta e à resposta proactiva do seu governo. Um mês depois de o vírus ter sido detectado, a Polícia Nacional Ruandesa destacou drones controlados remotamente para informar os residentes de Kigali sobre o vírus e fazer cumprir as medidas de confinamento obrigatório.
O Ruanda foi o primeiro país africano a impor um confinamento obrigatório total que também encerrou as fronteiras do país.