EQUIPA DA ADF
A segunda metade de 2020 viu o Djibouti engendrar uma reviravolta dramática na sua resposta à pandemia da COVID-19, que, numa determinada altura, assolou de forma praticamente descontrolada.
Os casos registaram um aumento acentuado no Outono de 2020, quando o país teve a taxa de prevalência mais elevada do continente, com 5.831 casos confirmados. Mas desde o final de Junho até ao fim de Dezembro, houve apenas 780 casos.
O país deu crédito desta melhoria a uma estratégia que dependia do estabelecimento de zonas de segurança nas fronteiras para prevenir travessias não autorizadas, expandindo a capacidade de diagnósticos e de isolamento do seu maior hospital e ainda do rastreamento de contactos. Quando um paciente adoece no Djibouti, os funcionários de saúde realizam testes em até 25 contactos desse paciente.
“Fomos capazes de conter o vírus através da identificação e do isolamento dos doentes de forma rápida,” Dr. Houssein Youssouf Darar, especialista em doenças infecciosas, responsável pela resposta do Djibouti à COVID-19, disse à Jeune Afrique.
Os Estados Unidos apoiaram o Djibouti durante toda a pandemia e intensificaram os esforços quando o ano de 2020 terminava.
“Continuamos muito impressionados com o sucesso que o ministro de saúde e a sua equipa tiveram na luta contra a pandemia,” Embaixador Larry André, disse no dia 9 de Dezembro, ao destacar a doação de 50.000 dólares em equipamento de protecção individual (EPI) e equipamento de monitoria.
Ao todo, os EUA contribuíram com 5 milhões de dólares para apoiar a resposta do Djibouti à pandemia.
No dia 2 de Dezembro, a Embaixada dos EUA efectuou a entrega de 16.000 dólares em luvas, máscaras, solução desinfectante, solução para higienização das mãos e estações para a higienização das mãos ao Departamento Nacional de Água e Saneamento do Djibouti. Isso fazia parte do compromisso de apoio de 50.000 dólares em suprimentos e equipamentos.
Recentemente, os EUA enviaram 50.000 dólares em suprimentos médicos para seis circunscrições da Cidade de Djibouti através do gabinete do presidente do município.
“Esta é a primeira doação que o povo americano fez através do exército dos EUA para apoiar especificamente o trabalho do governo local,” Chefe-Adjunta de Missão, Andrea Tomaszewicz, disse num comunicado no dia 21 de Dezembro. “Inclui produtos de limpeza, sabão, desinfectantes, equipamento para limpeza e outros materiais de saúde pública que irão contribuir directamente para o bem-estar dos residentes da Cidade de Djibouti.”
Dois dias depois, André anunciou uma contribuição de 2,5 milhões de dólares provenientes da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional para apoiar o Rising Djibouti, um programa que visa mitigar os efeitos socioeconómicos da pandemia.
No início deste ano, os EUA doaram camas hospitalares avaliadas em 9.400 dólares na Cidade de Djibouti, duas máquinas de testes RCP para melhorar drasticamente a rapidez e a precisão dos testes, uma máquina de testes de extracção de RNA e ajuda humanitária no valor de 250.000 dólares para emigrantes em situação vulnerável e suas comunidades acolhedoras.
“Estamos realmente a trabalhar para garantir que o vírus da COVID-19 não seja mais um acréscimo aos efeitos adversos de outras doenças, como a malária,” frisou Tomaszewicz. A doação do dia 21 de Dezembro destinada à capital visava “inicialmente lidar com a COVID-19, embora os suprimentos e os equipamentos sejam igualmente úteis para prevenir resfriados, gripes, malária e outras doenças infecciosas.
“Juntos, trabalhamos para lidar com os desafios que as nossas comunidades enfrentam.”