VOZ DA AMÉRICA
A carne pode estar a encontrar o seu desafio, à medida que muitos sul-africanos estão a experimentar um estilo de vida vegetariano e vegano.
Veganismo, que implica retirar toda a carne e todos os produtos derivados de animais da dieta, tais como produtos lácteos, ovos e mel, está a crescer lentamente a nível global. O relatório do Google Trends coloca a África do Sul no 14° lugar a nível mundial nas buscas por “vegano”, a única nação africana a ter uma classificação tão elevada.
Outros países africanos, incluindo Nigéria e Quénia, também demonstram ter um interesse crescente no veganismo. Uma comunidade de 200 membros em Nairobi é totalmente vegana, reporta a Deutsche Welle (DW).
Yvonne Iyoha, da Nigéria, fundou o blog Eat Right Naija, depois de ter aprendido sobre os impactos sociais e ambientais do consumo da carne. Aquela página da internet focaliza-se na produção de receitas nigerianas saudáveis e veganas e em educar as pessoas sobre os benefícios de consumo de alimentos baseados em vegetais.
Embora não exista uma contagem oficial de quantos veganos existem na África do Sul, o interesse levou ao surgimento de restaurantes vegetarianos e veganos em Joanesburgo, o centro económico da nação. Em 2020, a primeira exposição vegana em grande escala e baseada em vegetais em África terá lugar na Cidade do Cabo.
Motivos ligados à moral e à saúde foram citados por muitos novos veganos, como o consultor financeiro de 41 anos de idade, Dayalan Nayagar, que fez a mudança em 2019, depois de ser um omnívoro por toda a vida.
“Foi-me apresentada esta maneira totalmente nova de comer, sabe, comida saudável, orgânica, e eu não conseguia acreditar”, concluiu.