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O analista de dados, Fabrice Sonzahi, matriculou-se num curso de inteligência artificial (IA) em Dakar, Senegal, na esperança de ajudar os agricultores a melhorarem o rendimento das culturas na sua terra natal, a Costa do Marfim.
Faz parte de uma turma inaugural numa escola de programação de IA no Senegal, uma das primeiras da África Ocidental. As pessoas serão formadas para utilizarem os dados com vista a resolver questões como o impacto do clima nas culturas.
O Dakar Institute of Technology (DIT), que abriu em Setembro de 2019, organizou a sua primeira formação de 10 semanas com nove alunos, em parceria com a escola francesa de IA Vivadata.
“Estou convencido de que, analisando os dados, podemos dar [aos agricultores] melhores soluções”, disse Sonzahi.
Ele planeia trazer as suas habilidades de IA para a startup costa-marfinense, ATA Solution, que aconselha os agricultores sobre como maximizar recursos escassos, como terra e água.
A empresa já faz a colecta de dados, tais como pH do solo, temperatura e humidade, disse Sonzahi, que trabalha na startup como analista. Com a IA, esses dados poderiam ser processados para mostrar quando e onde os agricultores devem adicionar água ou fertilizante e ajudar a melhorar a sua compreensão das perdas de culturas, disse ele.
Os cientistas de dados em todo o continente estão a começar a experimentar a aprendizagem automática como uma ferramenta para ajudar os agricultores a lidar com o clima cada vez mais errático, como modelar a rota mais rápida para o mercado ou utilizar drones para detectar problemas nos campos.
O DIT planeia lançar uma licenciatura em grandes volumes de dados e um mestrado em IA, em 2020, cada um com 25 alunos.