Equipa do Comando Africano dos Estados Unidos
Em todo o mundo, os exércitos estão a transformar-se. Eles estão a actualizar tácticas e estratégias para responderem a ameaças assimétricas. Eles estão a abrir novas instituições de formação militar profissional para satisfazer a demanda dos jovens alistados famintos de aprenderem e dos antigos oficiais ansiosos para permanecerem firmes. Os exércitos com maior desempenho estão a deixar as práticas antigas ligadas à corrupção e o preconceito.
Estes esforços estão ligados aos valores fundamentais de serviço, integridade, neutralidade política e um respeito pela ordem constitucional. O processo de viver segundo estes valores pode ser chamado de “transformação do sector de segurança” ou “profissionalismo,” mas tudo isso significa avançar.
Mas, mesmo assim, estes ideais não passaram sem desafios. Alguns países permitem que os membros dos exércitos estejam envolvidos na política e até tomem o poder com recurso à ameaça de arma.
Outros acreditam que os soldados devem ter o direito de tirar vantagem dos cargos. E outros ainda acreditam que as promoções no exército devem ser mais relacionadas com quem se conhece do que o que se alcançou.
Vai depender da próxima geração de líderes civis e profissionais do sector da segurança traçar o caminho para frente e determinar que modelo eles gostariam de seguir. Os exércitos e as forças de segurança dos países africanos lutam para serem vistos como instituições respeitadas e confiadas, mas ganhar e manter esse respeito requer trabalho árduo e uma pré-disposição para reformar quando necessário.
Enquanto os exércitos de África trabalham para alcançar elevados padrões profissionais, eles devem ser igualmente exigentes perante os seus parceiros. Os parceiros bilaterais e multilaterais são essenciais para produzir as estratégias, habilidades e a liderança necessárias para atacar as ameaças do Séc. XXI. Mas as parcerias não são todas criadas de igual maneira. Elas devem ser transparentes para serem autênticas. Devem basear-se em valores partilhados para resistirem. E devem ter um fundamento de respeito mútuo.
Enquanto os exércitos olham para o futuro, devem perguntar a si próprios como os planos e as parcerias que criam hoje estão a preparar o caminho para a paz e a prosperidade de amanhã.