Empresas Africanas Afirmam Que Estão Preparadas Para Fornecer à ONU

As empresas de defesa africanas afirmam que são capazes de preencher a lacuna para fornecer bens e serviços às Nações Unidas para apoiar as missões no continente e não só.

Sandile Ndlovu, PCA do Conselho de Exportação da Associação das Indústrias do Espaço Aéreo, Marítimas e de Defesa da África do Sul, disse que a ONU gasta bilhões anualmente em bens e serviços que podem ser fornecidos por empresas do continente. Pode haver uma necessidade em particular de cargas aéreas, uma vez que a guerra na Ucrânia fez com que houvesse apelos para que a ONU cancelasse os seus contratos com empresas de aviação russas.

“A maioria das missões de manutenção da paz da ONU estão em África — isto, por conseguinte, devia idealmente colocar as empresas africanas numa melhor posição para beneficiarem destas oportunidades,” disse Ndlovu. “Mas este nem sempre foi o caso.”

Ndlovu e outros participaram na Cimeira de Aquisições da ONU, no dia 24 de Junho de 2022, no Conselho de Pesquisa Científica e Industrial em Pretória, onde esperavam por informação e ligações que iriam levar a oportunidades de negócio.

Por sua vez, a ONU expressou interesse em fazer mais negócios com fornecedores africanos. Christian Saunders, assistente do secretário-geral da ONU para a gestão da cadeia de fornecimento, disse que os gastos da ONU em bens e serviços da manutenção da paz atingem um total de 6 bilhões de dólares por ano.

“Compramos milhares de coisas diferentes anualmente,” disse. “Pensamos que a comunidade empresarial da África do Sul tem muito mais para oferecer. Compramos tudo, desde produtos alimentares até transporte, serviços de aviação, combustível.”

Ele disse que as empresas sul-africanas recebem cerca de 40 milhões de dólares por ano em contratos, mas existe espaço para o crescimento. “Nós realmente gostaríamos de explicar-vos as oportunidades de aquisição da ONU para empresas sul-africanas e ver se podemos ter alguma correspondência e fazer mais negócios com elas no futuro.”

Comentários estão fechados.