Aplicativos Ajudam Agricultores Africanos a Diversificar Culturas

EQUIPA DA ADF

Um aplicativo de telemóvel está a ajudar agricultores quenianos a diversificar as suas culturas e melhorar a produção, apesar das dificuldades económicas causadas pela pandemia da COVID-19.

O DigiFarm ajuda os agricultores a adquirir suprimentos, tais como sementes e adubos. Também ajuda com seguros, empréstimos para diversificar as culturas e o acesso aos mercados. Até ajuda a preparar para condições meteorológicas extremas como secas e inundações.

O DigiFarm, um serviço gratuito do gigante de telecomunicações Safaricom, foi lançado em 2017, mas a maior parte dos seus 1,4 milhões de utilizadores subscreveu-se depois da eclosão da pandemia, Elizabeth Mudogo, da DigiFarm, disse ao The Star, do Quénia. O aplicativo recentemente expandiu para Nigéria e Tanzânia.

O Quénia possui 4,5 milhões de agricultores de pequena escala, de acordo com os dados do governo. A sua produção representa mais de 60% dos alimentos do país.

Durante a pandemia, os agricultores não tiveram escolha senão melhorar os seus métodos. O DigiFarm é uma das muitas inovações que está a dominar o sector de agronegócios em África e a ajudar a conter os efeitos da pandemia sobre a segurança alimentar e a pobreza.

A população jovem do continente, centrada na tecnologia, está a abraçar as tecnologias agrárias, utilizando aplicativos móveis, inteligência artificial e drones para ajudar a construir uma indústria agrícola mais diversificada e mais resiliente. Para além da DigiFarm, existem empresas como a HelloTractor, da Nigéria, que utiliza um aplicativo móvel para dinamizar a partilha de equipamento agrícola. 

Para além disso, Twiga, uma plataforma móvel de comércio electrónico do Quénia, colhe, adquire, empacota e entrega produtos das propriedades agrícolas membros directamente aos vendedores, digitalizando a cadeia de fornecimento. A plataforma afirma que retira o intermediário, elimina a perda de alimentos e reduz os preços. A Twiga Foods expandiu de Nairobi para cinco outras grandes cidades durante a pandemia e recentemente anunciou uma expansão para Uganda.

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