Os esforços da Tanzânia para mitigar a propagação da COVID-19 continuam a ganhar ímpeto no mandato da presidente Samia Suluhu Hassan.
Com a ajuda da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), o país criou um projecto, no início de Setembro, chamado Fortalecer a Gestão de Casos de COVID-19 nos Hospitais Regionais de Referência. O projecto visa melhorar o atendimento médico de pacientes de COVID-19 em estado crítico.
O projecto de 750.000 dólares, com uma duração de 10 meses irá apoiar o Hospital Regional de Referência de Dodoma, em Dodoma, o Hospital Regional de Referência de Bombo, em Tanga, o Hospital Regional de Referência de Mount Meru, em Arusha, e o Hospital Regional de Referência Sekou Toure, em Mwanza.
O dinheiro irá ajudar na aquisição de equipamento de terapia de oxigénio e fornecer formação para profissionais de saúde no sentido de poderem utilizá-lo e mantê-lo. Os EUA investiram 25,1 milhões de dólares na resposta da Tanzânia à COVID-19.
“Este apoio inclui mitigar o impacto da pandemia na sociedade,… reduzir a morbidade e a mortalidade causadas pela COVID-19 e prevenir e mitigar os impactos da COVID-19 sobre os nossos programas de combate à SIDA e sobre os seus beneficiários,” disse a especialista em matérias de gestão de projectos da USAID, Dra. Miriam Kombe, num comunicado de imprensa. “A pandemia da COVID-19 encontra-se entre os desafios mais preocupantes para a saúde, bem-estar e segurança económica de todos os povos. Devemos trabalhar juntos para combater esta pandemia com urgência.”
A resposta do antigo presidente, John Magufuli, à pandemia foi tudo menos urgente. Um céptico declarado da COVID-19, ele morreu em Março. A presidente Hassan começou a centrar-se na pandemia pouco depois de assumir o cargo.
Em meados de Abril, Hassan anunciou que tinha formado uma força-tarefa de especialistas em matérias de saúde para aconselharem sobre como gerir a pandemia e apelou a todos os líderes religiosos a pregarem sobre as realidades da COVID-19 aos seus fiéis. Magufuli tinha apelado aos seus conterrâneos a orarem para que a doença fosse embora.
A Tanzânia divulgou dados da COVID-19 em finais de Junho — pela primeira vez depois de mais de um ano. Os dados foram divulgados numa altura em que o país experimentava a terceira vaga de infecções.
Como parte dos requisitos de um empréstimo de emergência de 567 milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional para combater a COVID-19, é necessário que a Tanzânia divulgue os seus dados. De acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, a Tanzânia anunciou o registo de 25.647 casos de COVID-19 e 714 mortes até ao dia 27 de Setembro.
Apesar dos esforços para controlar a pandemia, o país tem tido dificuldades para persuadir alguns dos cépticos de que a doença é real. Felista Mauya, directora de capacitação e prestação de contas do Centro Jurídico e dos Direitos Humanos, abordou a questão numa entrevista à Voz da América.