EQUIPA DA ADF
O governo dos EUA doou 15 concentradores de oxigénio, com tecnologia de ponta, para ajudar a tratar dos pacientes de COVID-19 de oito hospitais na província de Nampula, norte de Moçambique, no início de Setembro. As máquinas fornecem oxigénio de baixo fluxo e de forma contínua a pacientes que sofrem de níveis baixos no sangue.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) está a providenciar equipas de formação técnica e financiou as reabilitações necessárias de cada dispositivo para se ligar o equipamento de forma segura. O custo total das máquinas, da formação e da reabilitação dos centros de saúde é de cerca de 60.000 dólares.
Os concentradores de oxigénio serão utilizados em centros de saúde de Nacala-Porto, Nacala-a-Velha, Monapo, Ilha de Moçambique, Meconta, Malema, Mecubúri e Mossuril. As máquinas criam uma fonte local quase ilimitada de oxigénio, que chega a ser até 95% puro, extraindo do ar e filtrando outras substâncias.
“Embora os pacientes com sintomas graves de COVID-19 venham a ser transferidos para centros de tratamento da COVID-19 já indicados na cidade de Nampula, estes dispositivos desempenharão um papel fundamental no fortalecimento da resiliência de Moçambique à pandemia da COVID-19,” disse a Directora da Missão da USAID, Helen Pataki, num comunicado de imprensa. “Para as pessoas que vivem distantes dos grandes centros de saúde e mais bem equipados, estes concentradores de oxigénio podem fornecer alívio imediato. Isto inclui pacientes que padecem de sintomas ligeiros de COVID-19, hipoxemia grave causada pela COVID-19 e outras doenças respiratórias,” lê-se no comunicado.
Os concentradores de oxigénio foram entregues numa altura em que as infecções pelo coronavírus estavam a registar um declínio no sul e no centro de Moçambique, mas a registar um aumento em Nampula, o que motivou uma visita do presidente Filipe Nyusi àquela província.
Dirigindo-se a uma multidão na cidade de Nampula, Nyusi apelou aos residentes para cumprirem com as medidas de prevenção para que o país possa voltar à normalidade social e económica.
“Nampula é uma das províncias onde a situação voltou a ser um motivo de preocupação,” disse Nyusi numa reportagem da Agência de Informação de Moçambique. “Não sei por que razão as pessoas não acreditam que a doença existe. Muitos perderam os seus familiares ou amigos e, por essa razão, devemos levar isto a sério.”
O Ministro de Saúde de Moçambique declarou, em Setembro, que a terceira vaga de infecções pela COVID-19 do país já tinha terminado.
Desde o início da pandemia, os EUA doaram aproximadamente 51 milhões de dólares para a resposta de Moçambique à COVID-19.
O governo dos EUA investiu 320.000 dólares num programa que irá fornecer energia solar a 92 centros de saúde, em Sofala, uma província costeira de Moçambique. A USAID atribuiu a subvenção Power Africa à empresa de energias renováveis SolarWorks! Moçambique deverá instalar sistemas eléctricos à base de energia solar, fora da rede convencional de distribuição, em centros de saúde das zonas rurais, que servem cerca de 138.000 pessoas. Em Sofala, 90% dos centros de saúde não possuem acesso regular à energia. A subvenção cobre os custos de operação e de manutenção de um ano.
Em Julho, os EUA doaram 600.000 dólares em equipamento médico e financiamento para contratar mais enfermeiros e médicos para equipar os centros de tratamento do coronavírus.
A doação inclui equipamento de protecção individual para profissionais de saúde, monitores cardiorrespiratórios, oxímetros e dispositivos que suportam o uso contínuo dos ventiladores doados pelos EUA. A entrega foi feita na capital, Maputo, no sul de Moçambique.