EUA Fornecem EPI à Namíbia em Tempo de Necessidade
EQUIPA DA ADF
Assolada por um ressurgimento de infecções pela COVID-19, a Namíbia tem a epidemia que mais rápido cresce no continente.
Para ajudar a combater a doença nas linhas da frente, o governo dos EUA doou recentemente equipamento de protecção individual (EPI) e suprimentos avaliados em 294.000 dólares ao Ministério de Saúde e Serviços Sociais.
O equipamento, que foi distribuído para trabalhadores de centros de saúde especializados para a COVID-19 em instalações distribuídas pela Namíbia durante quatro semanas dos meses de Maio e Junho, inclui 140.000 máscaras cirúrgicas, mais de 25.000 máscaras N95, 2.000 viseiras, 87.000 luvas, 21.000 batas de protecção e fatos-macacos, 450 litros de sabão antibacteriano e 12.000 rolos de papel toalha.
“Eu gostaria de reafirmar o compromisso da América de apoiar a todos os namibianos durante estes tempos muito difíceis,” Embaixadora dos EUA, Lisa Johnson, disse num comunicado, no dia 11 de Junho. “Devemos prevenir a propagação de infecções através do uso de máscaras, lavando as nossas mãos e mantendo o distanciamento. As pessoas com mais de 18 anos de idade têm a oportunidade de ser vacinadas contra a COVID-19, e esta é uma forma muito importante de ajudar a acabar com a propagação do vírus.”
O equipamento foi financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Desde que a pandemia começou, em Março de 2020, o governo dos EUA aumentou o apoio ao Ministério de Saúde e Serviços Sociais.
A doação de EPI faz parte da ajuda destinada ao alívio da pandemia, avaliada em 750.000 dólares, e é um acréscimo aos aproximadamente 7 milhões de dólares de apoio à COVID-19 para a Namíbia, doados pelo governo dos EUA, que a Embaixada dos EUA anunciou em Abril de 2020.
Nessa altura, o presidente Hage Geingob expressou a gratidão do país por meio de uma carta.
“A doação da COVID-19 para a Namíbia é uma continuação da amizade duradoura dos Estados Unidos com o povo da Namíbia e irá ajudar muito para melhorar a nossa capacidade de prevenção da propagação deste mal global em Namíbia,” escreveu.
A Namíbia ainda enfrenta uma jornada longa e tumultuosa para combater o aumento acentuado de infecções assim como nas taxas de mortalidade pela COVID-19. O país teve 84.705 casos confirmados e 1.400 mortes até ao dia 26 de Junho, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.
A preocupação mais premente é o aumento significativo no número de casos em Junho, culminando nos dias consecutivos de 25 e 26 de Junho, com mais de 2.500 casos confirmados cada — os totais diários mais elevados desde que a pandemia começou.
“Temos a pior das situações aqui. Nunca imaginamos isso,” disse Geingob à imprensa, no dia 22 de Junho, durante uma visita efectuada a dois hospitais, para avaliar o fornecimento de oxigénio do país, o qual estava a diminuir.
O sistema de saúde do país está obviamente sobrecarregado por causa da terceira vaga. Os hospitais e as casas mortuárias estão superlotados e as doses de vacinas são difíceis de obter.
Atrasos na entrega obrigaram o ministério de saúde a suspender temporariamente as primeiras doses em finais de Junho, enquanto apenas 116.000 dos 2,5 milhões de habitantes da Namíbia tinham recebido a primeira dose.
O Ministro de Saúde e Serviços Sociais, Kalumbi Shangula, disse que uma prioridade era identificar se existe uma nova variante da COVID-19 em circulação.
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