EQUIPA DA ADF
OSecretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, insta as partes beligerantes de todo o mundo a baixarem as suas armas em apoio a uma batalha maior contra a COVID-19, a qual chamou de inimigo comum que está a ameaçar toda a humanidade.
“A fúria do vírus ilustra a loucura da guerra”, disse. “É tempo de colocar os conflitos armados em lockdown e focalizarmos juntos no verdadeiro combate das nossas vidas.”
Guterres destacou que os povos marginalizados sofrem mais durante a guerra e estão mais expostos ao risco de contraírem a doença. Estes incluem refugiados, mulheres, crianças e pessoas portadoras de deficiências físicas. Ele disse que os sistemas de saúde em países devastados pela guerra foram dizimados, e a capacidade limitada disponível deve ser usada para lutar contra o coronavírus. “Silenciem as armas, parem a artilharia e ataques aéreos”, disse ele.
Guterres também pediu que se criassem corredores para permitir que os colaboradores e actores de ajuda humanitária bem como médicos entrem nas áreas afligidas pela doença.
Apesar destas esperanças de grupos beligerantes baixarem as armas em resposta ao vírus, evidencias iniciais indicaram que o oposto pode acontecer. Em Março de 2020, grupos extremistas em Moçambique, Mali e Somália, lançaram ataques devastadores.
O Gen. Stephen Townsend, comandante do Comando Africano dos Estados Unidos disse que existem indicações de que os grupos extremistas procurarão tirar vantagens da necessidade de alguns países de desviar recursos da segurança para o uso na luta contra o vírus.
“Apesar de podermos desejar parar as nossas operações na Somália por causa do coronavírus, os líderes da al-Qaida, al-Shabaab e Estado Islâmico anunciaram que vêm esta crise como uma oportunidade para reforçar a sua agenda terrorista”, disse Townsend, “então, continuaremos firmes com e a apoiar os nossos parceiros africanos.”
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