Eua E Sudão Estreitam Relações Diplomáticas

VOZ DA AMÉRICA

Durante uma visita histórica a Washington, DC, o primeiro-ministro sudanês, Abdalla Hamdok, disse que um objectivo ganha maior prioridade em relação a todos os outros à medida que ele lidera o governo de transição do país: trazer paz à nação devastada pela guerra.

“A nossa prioridade número um é parar a guerra e construir as bases de uma paz sustentável”, disse. “Essencialmente, para parar o sofrimento do nosso povo nos campos de PDI [pessoas deslocadas internamente] e nos campos de refugiados. Achamos que o momento oportuno para parar esta guerra é agora.”

Hamdok disse que ficou animado com a resiliência em exposição quando visitou o campo de Zam Zam para pessoas deslocadas internamente em Darfur, onde uma guerra que começou em 2003 nunca parou completamente.

Ao contrário da administração do seu antecessor, Omar al-Bashir, o governo de Hamdok comprometeu-se a permitir o acesso irrestrito das organizações humanitárias aos necessitados.

Hamdok visitou a capital dos EUA para melhorar o relacionamento do Sudão com os EUA, que foi forçado a não existir durante o reinado de 30 anos de al-Bashir, que foi destituído pelos militares, em Abril de 2019, depois de meses de protestos em massa.

Um dos objectivos de Hamdok é que os EUA removam o Sudão da lista de Estados patrocinadores do terrorismo. O Sudão foi colocado na lista em 1993, quando Osama bin Laden, fundador da al-Qaida, morava em Cartum.

Embora o Sudão ainda esteja na lista, os dois países concordaram em estreitar as relações diplomáticas e fazer a troca de embaixadores. Autoridades americanas disseram que o processo de remoção do Sudão da lista de terroristas será longo. Hamdok sublinhou que o seu país está disposto a cumprir os requisitos, o que pode incluir o pagamento de restituições às vítimas de ataques terroristas.

“Nós, sudaneses como povo, nunca apoiamos o terrorismo antes. Foi um antigo regime que apoiou isso”, disse. “Nós também somos como nação vítimas do terrorismo que nos foi infligido pelo regime. Mas aceitamos isso como uma responsabilidade corporativa. E estamos a negociar.”

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