EQUIPA DA ADF
Tal como muitos países em África, a República Centro-Africana (RCA) continuar a lutar contra a pandemia da COVID-19 em meio a ameaça de conflitos armados e com recursos limitados para apoiar um vasto país.
Os Estados Unidos têm continuado a prestar assistência à RCA, doando mais de 13,6 milhões de dólares em assistência desde que iniciou a resposta à COVID-19 em Março, incluindo 9 milhões de dólares em ajuda humanitária provenientes da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
“A luta contra a COVID-19 é global e os Estados Unidos orgulham-se de liderar esta luta, incluindo aqui na República Centro-Africana,” disse a Embaixadora dos EUA, Lucy Tamlyn, em comunicado de imprensa, no dia 27 de Agosto. “Agradecemos em especial aos nossos parceiros-chave, tais como o UNICEF [Fundo das Nações Unidas para a Infância], UNHAS [Serviço Humanitário Aéreo das Nações Unidas] e ao Programa Mundial de Alimentação (PMA) das Nações Unidas, que trabalharam de forma incansável para trazerem ajuda vital aos centro-africanos, com o financiamento do povo americano.”
As doações dos EUA ajudam a RCA a prevenir e a conter infecções em centros de saúde, divulgar informação sobre o vírus e os seus riscos e ainda prestar ajuda de emergência em termos de produtos alimentares e água.
A RCA registou 4.772 casos de COVID-19 e 62 mortes, de acordo com as estatísticas divulgadas no dia 15 de Setembro pelo Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças. O país já realizou 31.576 testes entre a sua população de quase 5 milhões.
“Temos um sistema muito fraco numa situação pós-conflito,” lamentou a Dra. Marie Roseline Bélizaire num vídeo para a Organização Mundial de Saúde (OMS). “A COVID-19 é uma outra situação humanitária por detrás de uma situação humanitária já existente.”
Bélizaire, uma epidemiologista haitiana que trabalhou na linha da frente da resposta ao Ébola, na República Democrática do Congo, durante dois anos, foi mais uma vez destacada pela OMS para a RCA no início da pandemia para ajudar na preparação da resposta à COVID-19 e na criação de um plano de resposta.
“A primeira estratégia que criamos foi a realização de testagem massiva para ver onde a pandemia estava, onde se encontravam os focos, para podermos lidar com eles de forma rápida,” disse ela, sublinhando que os funcionários do sector de saúde vão de casa em casa para ensinar às pessoas sobre a prevenção da COVID-19. “Focamos muito mais na lavagem das mãos, não dormir juntos, não sair para grandes aglomerados, todas essas medidas de prevenção.”
A assistência dos EUA foi uma componente de importância crucial para a resposta da RCA. Ela incluiu:
- 1,5 milhões de dólares para o UNICEF a fim de criar, manter e distribuir sistemas de água, estações de lavagem das mãos e água e latrinas para os centros de saúde e ainda para alcançar mais de 950.000 pessoas com informação sobre a prevenção.
- 1 milhão de dólares para a UNHAS com vista a dar apoio e facilitar operações aéreas ligadas à COVID-19.
- 2,5 milhões de dólares para o PMA a fim de dar dois meses de cupões para levantamento de produtos alimentícios no valor de 10 dólares a quase 91.000 pessoas na cidade capital de Bangui.
- Um total de 822,6 milhões de dólares em ajuda nos passados 20 anos, incluindo as doações de 2019 de 53 milhões de dólares em ajuda alimentar; 9,5 milhões de dólares em iniciativas ligadas à água, saneamento e higiene; e 4,5 milhões de dólares destinados a programas de saúde de emergência.
Os EUA não estão sozinhos no apoio à RCA.
No dia 28 de Augusto, a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA) doou 408.598 dólares para converter o antigo centro de tratamento do Ébola em centro de isolamento da COVID-19 e também para adquirir 15.000 testes de rastreio.
“Vocês não estão sozinhos nesta luta,” disse Mankeur Ndiaye, representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na RCA, na página da internet da MINUSCA. “Isso é comprovado pela mobilização da comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas na RCA, face à escala e às consequências da pandemia.”