EQUIPA DA ADF
O governo dos Estados Unidos fez uma doação de 6,7 milhões de dólares adicionais à Zâmbia, para reforçar a resposta do país à COVID-19.
Os fundos irão ajudar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) a trabalhar com o Ministério de Saúde para aumentar o acesso ao oxigénio médico e outros materiais, contratar mais médicos e enfermeiros bem como impulsionar os esforços de sensibilização sobre o coronavírus. Desde que a pandemia começou, o governo dos EUA já contribuiu com mais de 28 milhões de dólares para a resposta da Zâmbia.
“A liderança americana está a levantar-se para responder aos desafios globais de saúde sem precedentes,” disse a Directora da Missão, Sheryl Stumbras. “Com décadas de experiência e investimentos na saúde, a USAID liderou a resposta global a ameaças de saúde tais como o Ébola, a malária e a tuberculose. Hoje, estamos a responder de forma decisiva à COVID-19.”
Em Julho de 2020, os Estados Unidos entraram em parceria com a Força-Tarefa de Emergência do Conselho Empresarial da Zâmbia contra a COVID-19 (BCCET) num projecto para armazenar de forma segura a doação de farinha instantânea — uma espécie de farinha de milho — destinada a lidar com os desafios relacionados com a segurança alimentar que foram exacerbados pela pandemia.
Em resposta, a empresa zambiana, Napoli Property, que trabalha com empreendimentos comerciais e residenciais, deu emprestado mais de 4.000 metros quadrados de uma área comercial avaliada em 20.000 dólares por mês e ajudou a criar a página da internet da BCCET.
“A pandemia alterou e continua a alterar as nossas vidas e as nossas actividades comerciais,” Gillian Casilli, o proprietário da Napoli Property, disse num comunicado de imprensa da USAID. “Testemunhamos uma resposta formidável da parte do público zambiano assim como do sector empresarial. Como uma comunidade, cada um de nós deve contribuir como pode para mitigar os efeitos da COVID-19, adaptar e preservar as vidas e os meios de subsistência.”
Pouco depois de o primeiro caso de COVID-19 ter sido confirmado na Zâmbia, a USAID e o Ministério de Saúde do país reuniram-se com 187 líderes, dentre os chefes e as chefes de clãs das 10 províncias da Zâmbia. Durante mais de uma semana de reuniões, os líderes tradicionais receberam formação em matéria de medidas de transmissão e prevenção da COVID-19. Também voltaram com material de comunicação para partilharem melhor a informação sobre o coronavírus.
“Penso que esta formação foi importante e oportuna. Descobri muitas medidas de prevenção que podem ser colocadas em prática,” Chefe Mumena, do povoado de Kaonde, na província do Noroeste da Zâmbia, disse num comunicado de imprensa da USAID. “Informação é a chave. Uma vez que não existe cura, iremos combater esta doença utilizando a informação e as mensagens correctas. Precisamos de ser modelos para lidarmos com o novo normal. As pessoas têm de colocar isto em prática — a lavagem das mãos, as máscaras faciais, o distanciamento. Juntos venceremos.”
Outras doações dos EUA à Zâmbia incluem fundos e formação para fortalecer os sistemas laboratoriais e clínicos.
Os zambianos provaram repetidamente que são criativos no que diz respeito a ajudar os seus conterrâneos a prevenirem a propagação da COVID-19.
A agricultora zambiana, Pamela Nyirenda, que produz mandioca, experimentou ganhos financeiros inesperados quando os clientes começaram a adquirir o tubérculo para produzir etanol para desinfectante.
“Este é o meu segundo ano a cultivá-la, e consegui ter 10 toneladas de mandioca,” disse Nyirenda, em 2020.
Devido à procura por desinfectantes, Musika, uma instituição agrícola zambiana sem fins lucrativos, observou que mais 25.000 agricultores na Zâmbia — muitos deles do sexo feminino — começaram a cultivar a mandioca, comparado ao número de 5.000 produtores em 2015.