EQUIPA DA ADF
Os conceitos de serviço e liderança estiveram em primeiro plano na mente do Sargento-Mor do Exército da Zâmbia, Monday Nonde, quando participou na recente Conferência de Líderes Alistados Seniores de África (ASELC).
A conferência centrou-se na capacitação de suboficiais (SO) e no desenvolvimento profissional das forças alistadas.
“O serviço e a liderança pelo exemplo são os melhores métodos de liderança para atingir as metas e os objectivos,” disse o mais antigo SO do Exército da Zâmbia durante um painel de discussão.
Nonde encontrava-se entre os mais de 125 líderes militares de 27 países africanos que participaram na 5ª ASELC, de 10 a 13 de Setembro, em Lusaca.
A Zâmbia é a primeira nação africana a acolher a conferência, que é co-organizada anualmente pelo Comando dos Estados Unidos para África (AFRICOM).
O Comandante do Exército da Zâmbia, o Tenente-General Sitali Dennis Alibuzwi, partilhou o seu entusiasmo e orgulho em acolher o evento, durante o qual foram debatidos os desafios e oportunidades mútuos no continente, a resposta a crises, o Estado de direito, a protecção dos recursos naturais, o combate à instabilidade e o reforço da cooperação em matéria de segurança.
“Acolher esta grande conferência, com a participação de mais de 25 países de África e de outros continentes, não é coisa pouca e a Zâmbia não subestima esse facto,” disse aos participantes. “Vamos todos trabalhar em conjunto e garantir que discutimos questões que irão reforçar os nossos serviços militares nos nossos respectivos países.”
O tema da ASELC 2023 foi “Capacitar, Delegar, Confiar.”
Como suboficial, Nonde saiu sentindo-se capacitado.
“As competências de liderança, que incluem, entre outras, agilidade, discernimento, inovação, tacto interpessoal e conhecimento do domínio, são fundamentais para dar orientações, implementar planos e motivar as tropas,” afirmou. “Quando os seguidores confiam nos seus líderes, ficam mais dispostos e são capazes de fazer um esforço suplementar para ajudar os seus colegas e a organização. A confiança também lhes permite sentirem-se seguros para falarem e partilharem as suas ideias.”
Outros participantes afirmaram que a conferência reforçou a importância dos suboficiais na divulgação dos conhecimentos e da formação nas fileiras.
“Se dermos o nosso melhor na formação dos nossos subordinados, não temos de nos preocupar com a forma como eles irão executar as tarefas que lhes forem atribuídas,” disse o Sargento-Mor da Força Aérea do Quénia, Dennis Talengo.
“A inclusão é uma forma de investimento que não só prepara um suboficial para lidar com mais responsabilidades, mas também o faz sentir-se valorizado como membro de uma equipa,” disse a Sargento Betty Kaluwa, uma jornalista do Exército da Zâmbia destacada numa função de relações públicas.
O Comandante do AFRICOM, General Michael Langley, fez eco do tema da conferência.
“Se olharmos para os oficiais que lideram as forças armadas, usamos os nossos conselheiros do lado direito, que são militares seniores, que são alistados seniores,” disse aos participantes. “Capacitar, delegar e confiar é o que faremos continuamente. Estas são as melhores práticas que estendemos aos nossos suboficiais.”
“Um corpo de suboficiais forte e capacitado é verdadeiramente a espinha dorsal de qualquer exército. Aprendi isto em primeira mão enquanto crescia, pois, o meu pai serviu orgulhosamente como líder alistado sénior na Força Aérea dos Estados Unidos. Aprendi com ele e depois aprendi com todos os suboficiais com quem trabalho.”
O AFRICOM lançou a sua estratégia de desenvolvimento de alistados em África em 2018 para reforçar os processos de desenvolvimento de alistados no continente.
Juntamente com a anfitriã Zâmbia, a conferência deste ano destacou os contributos do Botswana, Gana, Quénia, Libéria, Malawi e Senegal na criação de capacidades para formar outros países africanos e oferecer mais opções para o desenvolvimento de suboficiais.
“Tivemos discussões muito profundas e sólidas sobre as difíceis escolhas de liderança e a importância da liderança ética, da orientação e das estratégias de delegação que fazem melhores líderes militares,” disse o Sargento-Mor Michael Woods, Líder Sénior do AFRICOM.
“Tivemos discussões em grandes grupos e também realizámos sessões de trabalho mais focadas em que grupos mais pequenos podem ter discussões aprofundadas sobre o que funciona, o que não funciona e como nos podemos apoiar melhor uns aos outros para formar a próxima geração de líderes alistados competentes e empenhados.”