EQUIPA DA ADF
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) doou 200 ventiladores ao Quénia, numa altura em que o país luta para conter um aumento de casos de COVID-19.
Os ventiladores, produzidos nos EUA e que podem ajudar a salvar vidas dos pacientes mais graves e com dificuldades de respiração, são máquinas novas, com “tecnologia de ponta”, disse a Embaixada dos EUA em Nairobi, num comunicado de imprensa.
A USAID também deu assistência técnica e planos de serviço para os ventiladores e fez a entrega dos mesmos aos centros de saúde. A agência ajudou a formar o pessoal de saúde na utilização dos ventiladores para cuidar dos pacientes mais graves.
Em Junho, o Ministério de Saúde do Quénia comunicou que o país, de cerca de 51,4 milhões de habitantes, tinha apenas 189 ventiladores disponíveis para os pacientes com COVID-19. As máquinas auxiliares de respiração podem melhorar os níveis de oxigénio nos pacientes com insuficiência pulmonar. Funcionam transportando o oxigénio para dentro e para fora dos pulmões através de um tubo inserido nas vias aérea do paciente.
A COVID-19 já matou aproximadamente 40.000 quenianos, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.
“Mais de 50 anos de apoio dos Estados Unidos aos provedores e sistemas de saúde deram ao Quénia a habilidade de rastrear, testar e tratar os pacientes da COVID-19,” disse o Embaixador dos EUA em Quénia, Kyle McCarter. “Estes ventiladores são um outro exemplo da experiência e generosidade da América na luta global contra a COVID-19.”
Os EUA comprometeram-se em apoiar com 6 bilhões de xelins quenianos (55,2 milhões de dólares) para a resposta da COVID-19 do Quénia, através de equipamento, testes, formação e pesquisa, assim como apoio à saúde, água, saneamento, ensino, emprego e segurança alimentar.
A USAID fez a entrega dos ventiladores no início de Outubro, quando o Quénia se debatia com um aumento acentuado de número de casos, a maioria dos quais registados no Estado de Nakuru, na parte oriental do país. Outros pontos de maior incidência foram Nairobi e a cidade portuária de Mombasa.
Também no início de Outubro, a USAID anunciou a implementação de um programa de obras locais de três anos, avaliado em 7 milhões de dólares, em apoio às comunidades da região de Maasai Mara, na costa norte do Quénia, que enfrenta o desemprego e a diminuição nas receitas do turismo, por causa da COVID-19.
Essas regiões há muito sofreram por causa de conflitos, pobreza, fraco acesso a cuidados de saúde e insegurança alimentar e económica. A região também enfrenta contínuas ameaças de caçadores furtivos, invasões de gafanhotos do deserto e degradação da terra devido ao sobre-pastoreio.
Para além do Quénia aceitar a ajuda dos EUA, os seus líderes e funcionários do sector de saúde têm demonstrado vontade de confrontar a crise. Em Agosto, o Presidente Uhuru Kenyatta anunciou planos para um consórcio da vacina da COVID-19.
“As nossas instituições de pesquisa, que já estão a fazer um bom trabalho, podem reunir esforços, trazendo a bordo todos os actores relevantes a nível local, mas também criando parcerias com os internacionais e juntos manter o foco das atenções no desenvolvimento assim como nos testes da vacina da COVID-19,” disse Kenyatta, num comunicado transmitido pela televisão.