EQUIPA DA ADF
França e vários dos seus aliados anunciaram a formação da nova força-tarefa para combater grupos de terroristas na região do Sahel da África Ocidental. Treze países são membros da força-tarefa: Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, França, Alemanha, Mali, Holanda, Níger, Noruega, Portugal, Suécia e o Reino Unido. Uma declaração confirmou que a força-tarefa estaria operacional até princípios de 2021. Chama-se “Takuba”, que significa “saber” na língua Tuaregue.
A região do Sahel, que se expande do Este do Senegal até Eritreia, tem sido palco de um aumento crescente de violência. Em Janeiro de 2020, o enviado das Nações Unidas para a África Ocidental disse ao Conselho de Segurança da ONU que os ataques tinham aumentado cinco vezes mais em Burkina Faso, Mali e Níger, desde 2016. Mais de 4.000 mortes foram declaradas na região em 2019.
Em Burkina Faso, ataques de extremistas tinham causado a fuga de 300.000 pessoas para o sul, de acordo com a rede de televisão Al-Jazeera.
Takuba também prestará assistência aos exércitos da região na luta contra os terroristas armados e aumentará os esforços feitos pala Operação Barkhane da França e a Força Conjunta G5 regional do Sahel, que é composta por tropas de Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
Takuba irá operar na região de Liptako, uma área que se encontra entre Burkina Faso, Níger e Mali. Liptako é uma fortaleza para guerrilheiros ligados à al-Qaida e ao Estado Islâmico.
Os planos franceses para a força-tarefa foram declarados primeiramente em Outubro de 2019. Nesse mês, pelo menos 25 soldados malianos foram mortos e dezenas desapareceram depois de ataques em dois acampamentos militares próximos da fronteira de Burquina Faso, levados a cabo por militantes com armamento pesado montado em viaturas. Os insurgentes também roubaram uma grande quantidade de armamento, munições e equipamento antes de as forças especiais, com o apoio dos aviões de guerra e helicópteros franceses, responderem aos ataques, declarou o The Defense Post.
Dias depois, três aldeias e uma unidade do Exército foram atacadas no norte de Burkina Faso. Os insurgentes mataram 17 pessoas, incluindo soldados.