EQUIPA DA ADF
A Marinha da Tanzânia enviou um navio para o Canal de Moçambique para ajudar a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e os parceiros internacionais a combaterem uma série de crimes marítimos, incluindo a pesca ilegal, o contrabando de drogas, o roubo de petróleo e o tráfico de seres humanos e de armas.
Embora a pirataria tenha diminuído na região, a segurança marítima limitada ao longo do canal deixa as cidades costeiras e os Estados insulares vulneráveis às ameaças marítimas.
O canal, uma via navegável de 1.600 quilómetros de comprimento entre Madagáscar e África Oriental, que transporta cerca de 30% do tráfego mundial de petroleiros, é uma importante rota para o tráfico de drogas, armas e seres humanos, tráficos ilícitos que, segundo se crê, ajudam a financiar grupos terroristas na região.
O navio da Marinha da Tanzânia junta-se a três navios de guerra sul-africanos no canal, bem como a navios de aliados internacionais. As autoridades anunciaram o seu destacamento na reunião anual do Comité Marítimo Permanente da SADC, em Março de 2023.
Na reunião da SADC, o Vice-Almirante Monde Lobese, chefe da Marinha da África do Sul, disse que as marinhas da região “devem garantir que não haja ameaças ao livre fluxo de comércio.”
“Não preciso de lembrar aos nossos irmãos da SADC sem acesso ao mar que até o seu comércio e trocas comerciais passam pelos portos dos seus vizinhos costeiros,” disse Lobese numa reportagem do site de notícias sul-africano Independent Online.
Participaram na reunião altos representantes navais do Botswana, da República Democrática do Congo, da Namíbia, da África do Sul, da Tanzânia e do Zimbabwe.
Os membros trabalharam na estratégia integrada de segurança marítima da SADC, que ajudará os Estados-membros a responderem a emergências ou a questões que ameacem a soberania. A África do Sul vai organizar um curso para representantes regionais sobre “coordenação naval e orientação da navegação,” que ajuda as marinhas a monitorizar a navegação nas suas águas. A Marinha da África do Sul planeia um curso de formação de formadores sobre o mesmo tema.
Os líderes navais afirmam que a formação aumentou as parcerias regionais, conduzirá a uma navegação mais segura e protegerá o crescimento económico.
“A paz e a estabilidade de toda a região da SADC estão intrinsecamente relacionadas com a nossa capacidade de reduzir as ameaças à nossa segurança marítima,” afirmou Lobese.