Comando Africano dos Estados Unidos
Os conflitos modernos raramente terminam com a assinatura de um tratado ou uma rendição formal.
Alguns grupos insurgentes lutam até ao último suspiro, enquanto outros se escondem entre civis. Tensões étnicas podem perdurar por gerações depois de uma guerra. As disparidades no acesso ao poder ou aos recursos estatais tornam possível o regresso à violência.
A paz é frágil, mas as forças de segurança podem adoptar estratégias que estabeleçam as bases para uma estabilidade duradoura.
Muitos países constataram que o primeiro passo mais eficaz após o combate é oferecer esperança aos antigos combatentes. Programas para desarmar, desmobilizar e reintegrar combatentes (DDR) têm feito a diferença em lugares como Uganda, Libéria e Angola. Na Líbia, os profissionais de DDR esperam que a oferta de formação profissional e de financiamento para criar pequenas empresas atraia os membros da milícia a baixarem as armas e seguirem um novo caminho.
Os militares também consideram a reforma do sector de segurança como uma forma de melhorar. Ao longo do tempo, alguns militares tornam-se demasiado gordos para serem eficazes e precisam de ser dispensados. Em outros casos, os militares tornam-se enclaves de um grupo étnico e devem ser reformados para incluir soldados de diversas origens. Às vezes, os militares exigem um foco renovado na ética, nos direitos humanos e no Estado de Direito para recuperarem a legitimidade. Nos países que enfatizam o profissionalismo e o avanço baseado no mérito, fica mais fácil manter a paz.
Os programas civis-militares também podem ser uma ferramenta eficaz de construção da paz. Esses programas podem ser tão complicados quanto construir uma nova ponte, tão urgentes quanto responder a um desastre natural ou tão simples quanto organizar um torneio de futebol. Às vezes, tudo o que é necessário é que os soldados interajam com civis durante a patrulha e aprendam sobre as suas preocupações de segurança. Os programas civis-militares de todos os tipos ajudam os que têm necessidades e melhoram a imagem das forças armadas. Eles também minam o apoio aos grupos insurgentes que podem tentar recrutar combatentes entre os mais vulneráveis.
Os soldados sabem que a alegria de vencer uma guerra será curta se não houver um plano para garantir a paz. Os líderes militares devem procurar estratégias novas e inovadoras de construção da paz para garantir que não se volte ao conflito armado. Essas abordagens não tradicionais podem ser difíceis de institucionalizar, mas produzem ganhos imensos se forem aplicadas correctamente. Alguns dos esforços de segurança mais eficazes durante o período de paz exigem menos esforço.