VOZ DA AMÉRICA
Os debates quanto ao futuro do franco CFA na Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), composta por seis países, intensificaram-se depois do anúncio de que oito países africanos concordaram em mudar o nome da sua moeda comum para “eco”. Eles também cortaram as ligações do franco CFA com a França.
O franco CFA utilizado pelos Estados da África Ocidental e Central é considerada, por muitos, como sendo uma interferência francesa nas suas antigas colónias africanas.
Louis Nsonkeng, pesquisador e professor de economia na Universidade de Bamenda, nos Camarões, disse que quando eco se tornar em moeda corrente, os oito Estados da África Ocidental terão a sua liberdade financeira em relação à França. Ele diz que os seis Estados da África Central, que também utilizam o franco CFA, deviam imediatamente seguir o exemplo da África Ocidental.
Camarões, República Centro-Africana, Chade, Guiné-Equatorial, Gabão e República do Congo utilizam o franco CFA. Os Estados-membros da CEMAC têm mais de 50% das suas reservas financeiras guardadas no tesouro francês, depois da assinatura de acordos em 1948.
Thomas Babissakana, um economista e especialista financeiro camaronês, disse que tais acordos drenam as economias dos Estados da África Ocidental, porque a França agora utiliza o Euro, mas mesmo assim ainda controla a sua moeda.
O franco CFA esteve vinculado ao franco francês até 1999, quando o seu valor foi afixado em 660 francos CFA para um euro.