A União Africana (UA) criou uma página da internet para fazer a monitoria de ameaças a jornalistas de modo a protegê-los e apoiar uma imprensa livre.
A Federação Internacional de Jornalistas comunicou que seis jornalistas africanos foram assassinados em 2020. Um número muito superior foi ameaçado, detido e censurado, segundo vários grupos de comunicação social defensores da liberdade e dos direitos humanos.
A página da internet da UA vai adoptar uma das ferramentas mais importantes do jornalismo: os factos. A plataforma de segurança dos jornalistas visa permitir uma resposta em tempo real em África, para pôr termo à impunidade dos ataques a jornalistas, incluindo assédio, detenções arbitrárias, agressão e assassinato. Vai servir também como base de dados para manter um registo dos ataques a jornalistas no continente e monitorar a punição dos agressores.
Na dedicatória da página, os funcionários referiram os jornalistas que morreram no exercício das suas funções.
“Nós subimos aos ombros destes gigantes, destes heróis dos órgãos de comunicação em África, em nome dos quais criámos esta plataforma para ajudar a pôr termo ao assédio, detenção e mesmo assassinato de jornalistas, que estão apenas a desempenhar as suas funções,” afirmou Jovial Rantao, presidente do Fórum de Editores Africanos, segundo a Voz da América. “Em alguns países do nosso continente que amamos, a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão e o acesso à informação são uma questão de vida ou morte.”
Salah Hammad, director do Secretariado da Arquitectura de Governação Africana da UA, afirmou que a UA acredita que o jornalismo íntegro dá origem a sociedades prósperas e pacíficas.