EQUIPA DA ADF
Membros das Forças Armadas do Gana (GAF) descem de um helicóptero e correm em direcção a um inimigo simulado, com as suas armas em punho, enquanto o comandante dá instruções em voz alta.
Era o dia da abertura da Operação Garras de Águia, um exercício que visava preparar militares e pessoal de emergência para responder a ameaças terroristas.
O exercício anual, que teve a duração de cinco dias, contou com a participação de membros do Serviço da Polícia do Gana, do Serviço Nacional de Bombeiros do Gana, da Organização Nacional de Gestão de Calamidades, do Serviço Nacional de Ambulância e de outras agências de segurança e inteligência. Foi concluído em finais de Maio de 2021.
O exercício Operação Garras de Águia de 2021 centrou-se na resposta a ataques terroristas como aqueles perpetrados durante o ano no Burquina Faso e na Costa do Marfim.
“Os ganeses, e particularmente aqueles que se encontram nestes sectores, sabem que o terrorismo é real — e está às nossas portas,” Coronel William Nii Nortey, director das operações do Exército, disse ao canal de televisão ganês, My Joy. “Devemos todos estar prontos e sabermos o que está a acontecer ao nosso redor. Devemos estar prontos para proteger e defender a integridade do Gana.”
Nortey encorajou os residentes da região a denunciarem suspeitas de actividade terrorista às autoridades.
“Este é o nosso mantra básico: Caso suspeite de algo, denuncie,” disse.
A poucos dias do início do exercício, o Presidente Nana Akufo-Addo disse à estação francesa de notícias, France 24, que considera o aumento dos ataques terroristas na região vizinha do Sahel como “o desafio de segurança mais importante” para o Gana e para os outros 14 países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.
“Estamos muito preocupados com a situação,” disse Akufo-Addo. “Sabemos que, no Gana, isto não é algo que irá simplesmente acabar nas nossas fronteiras. Existem países das regiões costeiras, países da África Ocidental, e estes países também são alvo do terrorismo. São alvo da mesma forma como o são os países do Sahel.”
Este ano, alguns dos primeiros exercícios da Operação Garras de Águia foram realizados com os agentes das alfândegas e da polícia do Posto Fronteiriço de Hamile, onde soldados praticaram habilidades tácticas enquanto respondiam a simulações de pequenos ataques armados próximo da fronteira com o Burquina Faso.
Num outro exercício, as tropas responderam a uma simulação de ataque contra estrangeiros que estavam hospedados num hotel em Wa, no nordeste do Gana. O exercício contou com técnicas de combate, extinção de incêndios, detecção de minas, evacuação médica e análise do perfil de terroristas presos.