EQUIPA da ADF
Grande Zimbabwe encontra-se quase que deserto agora, mas no seu tempo foi um lugar maravilho.
Os historiadores acreditam que os membros daquela que agora é a tribo Shona começaram a trabalhar na cidade-Estado designada Grande Zimbabwe no Séc. IX, com o seu apogeu desde cerca de 1200 a 1300. Cobria 720 hectares e era o lugar onde residiam aproximadamente 10.000 pessoas no seu pico.
A sua peça central é uma estrutura chamada o Grande Recinto. Os artesãos construíram-no, amontoando mais de um milhão de pedras, sem nenhuma argamassa, com a precisão que é evidente até hoje. É a maior estrutura antiga de toda a África Subsaariana.
A sua muralha elíptica exterior possui 250 metros de circunferência e 11 metros de altura no seu ponto mais alto. Uma muralha interna que segue em paralelo a muralha exterior forma uma passagem estreita, de 55 metros de comprimento, que dá para uma torre cónica. A torre, de 10 metros de altura e 5 metros de largura, pode ter simbolizado um celeiro. Ou pode não ter tido qualquer significado senão apenas como um enfeite, como a linha de divisas próxima.
Era uma tamanha fonte de orgulho para a região que, quando a Rodésia ganhou a independência, em 1980, o Primeiro-Ministro, Robert Mugabe, mudou o nome do país para Zimbabwe, que se traduz para “casa de pedras.”
No seu pico, era uma cidade próspera, conhecida pela sua mineração do ouro e como um centro de comércio regional. Mas para toda a sua influência, não foi capaz de se manter firme. As pessoas começaram a desertar a região em cerca de 1450. Ficou abandonada dentro de alguns anos.
O arqueólogo zimbabwiano, Shadreck Chirikure, fez com que fosse o trabalho da sua vida provar que o Grande Zimbabwe constitui uma parte importante da história. As suas descobertas foram reconhecidas e honradas internacionalmente.
Existem várias teorias para o declínio e eventual abandono do Grande Zimbabwe. Alguns dizem que a área ficou superpovoada e não podia mais produzir comida suficiente. Apesar de antes já ter sido um entreposto comercial, pode ter perdido os seus negócios para regiões de comércio mais a norte.
Outra teoria indica que o local tinha o suporte da mineração do outro e não pôde manter-se depois que as minas ficaram esgotadas.
Alguns investigadores sugeriram que a fome, a carência de água e a instabilidade política fizeram com que o Grande Zimbabwe perdesse a sua utilidade. A maior parte das teorias indica as provas de que o Grande Zimbabwe esgotou os seus recursos.
“Não aprendemos do passado tanto quanto devíamos,” disse Chirikure ao The Economista, em 2021. “Aqui está um lugar que foi ocupado por pessoas que investiram muito na produção, que desenvolveram ligações regionais, que também estavam a interagir com outras partes do mundo — e eles construíram um lugar com tamanha força e resiliência.”