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A caça furtiva do rinoceronte reduziu em 63% ano após ano, na Namíbia, devido à intensificação das operações de inteligência e penas e multas mais rigorosas para os caçadores furtivos.
A caça furtiva do elefante também diminuiu, com dois incidentes registados em Agosto de 2020, comparados com 13 no ano de 2019, informou o ministério do ambiente.
Namíbia alberga a segunda maior população de rinocerontes-brancos do mundo depois da África do Sul, de acordo com a instituição sem fins lucrativos, Save the Rhino. Este país também detém um terço dos rinocerontes-negros remanescentes do mundo.
A caça furtiva do rinoceronte assolou a África Austral durante décadas, especialmente nos países vizinhos, África do Sul e Botswana, levando a programas de combate à caça furtiva, como a descorna, mais intensos e a políticas mais rigorosas.
Namíbia aumentou as multas para a caça furtiva de 200.000 para 25.000.000 de dólares namibianos
(1,43 milhões de dólares) e as penas de prisão aumentaram de 20 para
25 anos.
Os rinocerontes são caçados e mortos por causa dos seus chifres para alimentar a demanda, na maior parte da Ásia, onde as classes ricas os consideram um símbolo de estatuto. Os seus chifres, assim como as escamas de pangolim, são usados na medicina tradicional chinesa.
Romeo Muyanda, porta-voz do Ministério do Meio Ambiente, Florestas e Turismo, da Namíbia, disse que a caça do rinoceronte tinha sofrido um decréscimo de 46 incidentes em 2019 para 17 até inícios de Agosto de 2020.
Intensificações de patrulhas terrestres e aéreas foram a principal razão. A colaboração com o público e penas mais duras para os condenados por caça furtiva também ajudaram a criar o declínio.
“Outro factor é a excelente colaboração com os agentes da lei, como a Polícia da Namíbia, as Forças de Defesa da Namíbia e a Inteligência Central da Namíbia,” disse Muyanda.
A proibição das viagens a nível internacional imposta em Março de 2020, em resposta à COVID-19, não foi um grande factor no declínio da caça furtiva.