VOZ DA AMÉRICA
Líderes muçulmanos e cristãos sudaneses juntaram-se para promover a liberdade religiosa no país, agora que o governo de Omar al-Bashir está fora do poder. O grupo assinou um acordo de paz, declarando que a liberdade religiosa é um direito humano.
No final da conferência de dois dias, os líderes religiosos concordaram em promover a paz e a liberdade de adoração entre todas as comunidades sudaneses e encorajar o diálogo comunitário entre as populações de diferentes crenças religiosas.
O arcebispo católico de Cartum, Michael Didi, disse que a declaração irá ajudar a criar espaço para mais liberdade religiosa no Sudão, enquanto o país embarca numa nova era, depois da revolução que levou líderes militares a tirarem Bashir do poder.
Didi disse que três décadas de opressão religiosa criaram um estigma social entre diferentes comunidades em todo o país e a mudança não irá acontecer da noite para o dia.
Jibril Bilal, um membro do grupo rebelde baseado em Darfur, denominado Movimento de Justiça e Equidade, disse que as resoluções da declaração estão em linha com o acordo de paz mediado em Juba, no Sudão do Sul, que apela a um sistema de governo, no Sudão, com direitos iguais para todos.
William Devlin, co-presidente da organização da Unidade Internacional, sediada em Cartum, disse que a declaração preparou o caminho para a liberdade religiosa, depois de décadas de governo islâmico rigoroso. Ele apelou os muçulmanos e os cristãos a esquecerem o passado e trabalharem juntos para criar um novo Sudão onde os cidadãos são tratados de igual maneira.