EQUIPA DA ADF
Gana abriu um centro de operações de segurança (COS) para fazer a monitoria de e responder a ataques cibernéticos.
O centro, dirigido pela Agência Nacional de Tecnologias de Informação, sob tutela do Ministério das Comunicações, irá proteger os dados dos ministérios, departamentos e agências governamentais do Gana.
“O COS irá oferecer serviços, incluindo a monitoria da rede, que irão garantir que as redes do governo beneficiem de monitoria consistente em tempo real e irão contribuir para a identificação de padrões e a priorização de problemas para a optimização dos recursos e a gestão das ameaças,” disse a Ministra das Comunicações, Ursula Owusu-Ekuful, ao GanaWeb.
Espera-se que o centro faça parcerias com a Equipa de Respostas a Emergências Informáticas (CERT) e o Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC). O Gana tem uma história de cibercrime, principalmente relacionada com fraudes dos cartões de crédito, roubo de identidade e esquemas de adiantamentos de taxas. O país perdeu 105 milhões de dólares em 2019 devido aos crimes cibernéticos, comunicou o centro.
O Gana priorizou a segurança cibernética nestes últimos anos. Em 2020, o seu parlamento promulgou a Lei de Cibersegurança para proteger infra-estruturas nacionais de grande importância, regular a actividade online e proteger as crianças da exploração virtual. Em Novembro de 2020, a unidade do cibercrime da Polícia do Gana foi notícia de destaque, quando prendeu o administrador da Empressleak, uma página da internet que extorquia pessoas, publicando pornografia de vingança.
“Estar um passo adiante do cibercrime exige trabalho diligente para identificar, comunicar e, por fim, eliminar vulnerabilidades,” disse Christopher Lamora, Chefe da Missão, na Embaixada dos EUA, em Acra.
O director do centro, Dr. Albert Antwi-Boasiako, está confiante de que o país está a registar ganhos contra os criminosos. Ele deu crédito aos cidadãos que contactam o centro para comunicar incidentes através de e-mail, WhatsApp, mensagens de texto ou telefonemas.
“Somente entre Janeiro e Agosto [de 2020], mais de 5.000 residentes entraram em contacto com o NCSC, através da CERT Nacional para pedir orientações e conselhos sobre como lidar com questões de cibersegurança, a maior parte das quais envolvidas em fraudes online,” disse Antwi-Boasiako ao GhanaWeb.