EQUIPA DA ADF
Como convidado de honra na cerimónia de abertura do exercício anual das forças armadas do Gana, Garras de Águia, o Major-General Thomas Oppong-Peprah reflectiu sobre o exercício de campo que criou em 2020.
O Chefe do Estado-Maior do Exército das Forças Armadas do Gana (GAF), Oppong-Peprah, disse que o objectivo do exercício antiterrorista é desenvolver as capacidades, tácticas, técnicas e práticas dos soldados e preparar os militares para qualquer ameaça.
O exercício de quatro dias começou na base da força aérea em Tamale, no Gana, a 4 de Dezembro, com Oppong-Peprah a apelar para a valorização do papel do soldado, a quem chamou “o atirador.”
“Embora estejamos a planear ao nível do pessoal e todos estejam a ser treinados, o facto é que precisamos de desenvolver as competências do nosso soldado — o atirador — para compreender a ameaça número um, como se comporta e o papel que tem de desempenhar,” disse aos jornalistas ganeses.
O treino militar teve lugar ao longo das fronteiras setentrionais do Gana, nas regiões de Savannah, Norte, Nordeste, Alto Oriente e Alto Ocidente.
As tropas participantes vieram do 6.º Batalhão de Infantaria do Exército do Gana, da 69.ª Força Aerotransportada, do 155.º Regimento Blindado, do Esquadrão do Barco Especial da Marinha do Gana, da Base da Força Aérea de Tamale, do Serviço de Polícia do Gana, do Gabinete Nacional de Investigações, do Serviço de Imigração do Gana, do Serviço Nacional de Ambulância e do Ministério da Segurança Nacional.
Os atiradores desempenharam um papel proeminente num cenário do primeiro dia que simulava uma organização extremista violenta (OEV) a tomar um aeroporto e a fazer reféns num avião de passageiros. No segundo dia, as tropas simularam um ataque a um acampamento de um grupo insurgente fictício.
Mais de 500 civis reuniram-se na cidade de Tolon a 6 de Dezembro, quando uma equipa de cooperação civil-militar das GAF realizou uma acção de sensibilização médica.
Antes do início da avaliação médica e do tratamento, a directora interina das relações públicas do exército, a Tenente-Coronel Sena Affanyi, incentivou os residentes da zona a comunicarem às autoridades a suspeita de actividades terroristas.
“Este é o nosso mantra: Caso suspeite de algo, denuncie,” disse.
O Brigadeiro-General Matthew Kweku Essien, oficial general comandante do Comando do Norte e anfitrião da operação Garras de Águia, disse que o exercício teve lugar no norte rural do Gana, principalmente devido à ameaça de OEV que transpõem a fronteira do Burquina Faso.
Kofi Ampeah-Woode, editor-chefe do ghanapeacejournal.com, que cobre as GAF há mais de uma década, disse que a crescente ameaça de terrorismo ao longo da fronteira norte do Gana faz com que o Exercício Garras de Águia seja mais importante do que nunca.
“É agora referida como uma ameaça actual, em vez de uma ameaça emergente,” disse à ADF. “O exercício permitiu tirar o melhor partido das tropas e muitas das lacunas na formação foram colmatadas.
“O exercício destinava-se a expor os atiradores das GAF às melhores práticas e tácticas, pelo que a maior parte da atenção se centrou na correcção de tudo o que não fosse coerente com as práticas correctas.”