EQUIPA DA ADF
Com o crime cibernético a crescer rapidamente em África, as Forças Armadas do Gana (GAF) planeiam lançar uma Direcção de Operações de Guerra Cibernética e Electrónica para proteger as forças armadas da nação contra ataques cibernéticos e para expandir a capacidade do país para detectar e acabar com o crime na internet.
As GAF fazem parte do Comité Conjunto de Segurança Cibernética do Gana, criado em 2020 para identificar e responder a ameaças cibernéticas.
O Gana está entre os melhores países de África em matéria de segurança cibernética. É um dos únicos 14 países que assinaram a Convenção da União Africana sobre Segurança Cibernética e Protecção de Dados Pessoais. O Índice Global de Cibersegurança da União Internacional das Telecomunicações classifica o Gana em terceiro lugar, atrás das Maurícias e da Tanzânia, no que diz respeito à sua capacidade de proteger os dados dos utilizadores da internet e de impedir violações da segurança.
Apesar disso, o Banco do Gana estima que a fraude na internet custou aos ganeses mais de 4 milhões de dólares em perdas financeiras directas no primeiro semestre de 2023. O Gana tem mais de 23 milhões de utilizadores da internet, o que significa que 68% da população está online. Uma década antes, 2,3 milhões de ganeses estavam online, de acordo com a Autoridade de Segurança Cibernética do país.
Ao anunciar o novo programa no Camp Burma, em Acra, o Vice-Almirante Seth Amoama, chefe do Estado-Maior das GAF, salientou que a segurança no espaço cibernético se tornou tão vital para a defesa nacional como a segurança em terra, no mar, no ar e no espaço.
“Temos a responsabilidade de proteger os nossos dados, a nossa base de dados, a nossa rede, as nossas infra-estruturas de comunicação e outros bens das GAF,” afirmou Amoama, segundo o Ghanaian Times. Acrescentou ainda que a melhoria da sensibilização cibernética dos profissionais de segurança é uma prioridade máxima.
“Enquanto tomamos medidas para proteger a nossa infra-estrutura de informação crítica, queremos assegurar a todos que estão a ser feitos esforços para que os membros das GAF compreendam as vulnerabilidades das ameaças cibernéticas e o seu impacto na prontidão da missão,” afirmou.