EQUIPA DA ADF
Visto que a insegurança alimentar continua a afligir a Etiópia, o Quénia, a Somália, o Sudão do Sul e o Sudão, a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (AID) inaugurou um grupo regional para abordar a questão.
A Rede de Aprendizagem em Vigilância Nutricional (LeNNS), com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), reuniu-se, pela primeira vez, no dia 23 de Novembro de 2022, em Nairobi, Quénia, para trabalhar em prol de “políticas eficazes, defesa e planeamento de acções à volta da nutrição na região,” de acordo com a AID.
O Dr. Patrick Amoth, director-geral do Ministério da Saúde do Quénia, disse que a LeNNS ajudará a gerar informações e provas atempadas para que possam ser utilizadas para informar políticas, estratégias e programas eficazes em toda a região.
Mais de 137 milhões de africanos enfrentam uma insegurança alimentar aguda, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS). Desse total, 111 milhões (81%) vivem em países em conflito. Oito em cada 10 países que enfrentam insegurança alimentar aguda também enfrentam conflitos.
Cerca de 73% da insegurança alimentar aguda no continente está concentrada em oito países, informou o ACSS, incluindo quatro na África Oriental: Etiópia, Somália, Sudão do Sul e Sudão. Todos os quatro são Estados-membros da AID, e cada um deles está envolvido num conflito. Os outros membros da AID são Djibouti, Quénia e Uganda. A Eritreia está inactiva.
A fome é medida numa escala de 5 pontos denominada Classificação Integrada de Fase de Segurança Alimentar. A insegurança alimentar aguda encontra-se na posição 3 na escala e ocorre quando as pessoas têm de vender bens essenciais ou utilizar recursos essenciais para sustentar uma dieta limitada. O nível mais grave é a fome, que é uma completa falta de acesso a alimentos.
A LeNNS ajudará a melhorar a vigilância nutricional regional, melhorando as ligações entre as instituições que a efectuam, informou a AID .
“A desnutrição e a insegurança alimentar representam grandes ameaças aos objectivos sociais, económicos e de desenvolvimento a nível mundial, regional e nacional,” afirmou John Kuehnle, director de saúde da USAID. “A USAID está empenhada em trabalhar com os países para reforçar os sistemas nacionais de informação nutricional, a disponibilidade e a utilização de dados nutricionais subnacionais e o reforço das capacidades em torno dos dados nutricionais.”