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Num campo no centro de Goma, na parte oriental da República Democrática do Congo, 36.000 pessoas tiveram a oportunidade de esquecer os medos sobre a insegurança e gozar de actuações musicais de alta qualidade no Festival Amani.
O festival, assim chamado por causa da palavra Swahili para paz, é um tempo raro em que grandes multidões de pessoas se reúnem num único lugar nesta região. Goma é a maior cidade numa área onde já se viu um aumento de violência. Ataques do grupo rebelde das Forças Aliadas Democráticas e tentativas do exército para os remover levaram a centenas de mortes de civis.
O evento de três dias começou com a actuação de um requiem, ou oração para os mortos, baseado no Requiem do Mozart, mas dada uma interpretação congolesa através de intérpretes locais.
Os vivos também foram lembrados. “Reunimo-nos para mostrar ao mundo que a vida ainda existia”, disse o organizador, Guillaume Bisimwa, “para que saibamos de que estamos cientes que o futuro depende de todos nós e que devemos trabalhar juntos para construí-lo”.
Uma vez que o festival estava a promover a paz na região, também contou com artistas tradicionais do Ruanda, que fica do outro lado da fronteira. Uma companhia veio para apresentar a dança Intore, que é apresentada em celebrações de família e em grandes eventos nacionais.
O primeiro festival foi em 2014. O evento de 2020 foi o quinto. Incluía 75 stands para negócios e organizações não-governamentais, 810 voluntários de 13 nacionalidades e 35 grupos de músicos e dançarinos.