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Os oficiais do exército do Uganda brevemente terão a oportunidade de fazer o doutoramento em estudos de defesa e segurança, como parte de uma expansão das oportunidades de ensino superior do Colégio de Defesa Nacional.
O Major-General Henry Matsiko, comissário político chefe, da Força de Defesa Popular do Uganda (UPDF), anunciou o novo grau durante a recente celebração dos primeiros 49 oficiais que graduaram com graus de licenciatura em estudos de defesa e segurança pela Universidade de Makerere, em Kampala.
“Este é um momento histórico na profissionalização da UPDF,” disse Matsiko.
Ao apoiar os oficiais para terem um grau universitário em defesa e segurança, os líderes militares e nacionais estavam a fazer um investimento em futuros líderes, disse Matsiko, de acordo com o Monitor.
O grau de licenciatura é o mais recente passo em direcção à melhoria da formação dos oficiais da UPDF. A Universidade de Makerere começou um programa de mestrado em estudos de defesa e segurança em 2015 e graduou a sua primeira turma em 2019.
O profissionalismo — e a melhoria da segurança que dele resulta — encontra-se no centro das operações da UPDF há décadas.
“O desenvolvimento sem a segurança não é sustentável, e a segurança sem o desenvolvimento não é duradoura,” escreveram os autores de um documento não publicado sobre a transformação da defesa do Uganda, em 2004.
O Presidente Yoweri Museveni criou o que agora é a UPDF, como o Exército de Resistência Nacional, como um líder de guerrilha, há mais de 40 anos. O Exército de Residência Nacional tornou-se UPDF, com a adopção da nova Constituição, em 1995. Nessa altura, o Uganda foi criticado pelo Banco Mundial pela quantia do orçamento nacional alocada para a manutenção dos, na altura, 100.000 membros do exército.
Nas últimas duas décadas, a liderança do Uganda reduziu o número de soldados na UPDF para cerca de 40.000 membros, incluindo a Força Aérea da UPDF. Os líderes também trabalharam para eliminar a corrupção no exército e colocá-lo em linha com os padrões internacionais, através de formações e exercícios com outros países.
O exército opera aproximadamente 20 academias de formação pelo país. O Colégio de Defesa Nacional admitiu os seus primeiros estudantes em 2022.
A UPDF é um contribuinte importante para as operações de manutenção da paz, com maior destaque para a AMISOM, a Missão da União Africana na Somália. A UPDF foi o primeiro exército a ser enviado para a AMISOM, em 2007. Continua a ser a maior força no terreno, na Somália, com mais de 6.200 tropas em Mogadíscio e na região circunvizinha, servindo naquela que é agora conhecida como a Missão de Transição Africana na Somália.
Entre outras coisas, os membros da UPDF também foram enviados como parte da Força-Tarefa Regional que persegue o Exército da Resistência do Senhor nos países vizinhos e comprometeu-se a enviar 1.000 tropas para apoiar a Missão da Comunidade da África Oriental na República Democrática do Congo.
Em Fevereiro, durante as celebrações de Terehe Sita — a data que marca a Fundação da UPDF, em 1981 — Thomas Tayebwa, deputado do parlamento ugandês, elogiou o exército pela sua habilidade e pelo seu profissionalismo.
“Como um exército, vocês são os verdadeiros heróis do nosso país,” disse Tayebwa. “A vossa coragem e a vossa valentia fizeram com que o nosso país ganhasse grande honra e respeito.”