EQUIPA DA ADF
Angola está a viver uma crise do ressurgimento da COVID-19.
Impulsionada pela mais contagiosa variante Delta e pelo relaxamento das restrições, a terceira vaga da pandemia resultou num aumento de 20% no número de óbitos em meados de Agosto.
Como parte das suas relações de longa data com o sector de saúde de Angola, os Estados Unidos estão a apoiar a resposta daquele país da África Austral.
O Departamento de Defesa dos EUA doou 1.900 kits de testagem de transcrição reversa em tempo real da reacção de cadeia da polimerase (rRT-PCR) ao Hospital Militar Principal de Luanda, em Angola.
A Embaixada dos EUA efectuou a entrega dos kits de testagem no dia 9 de Agosto.
“Estes kits aumentarão a capacidade de testagem e, naturalmente, a intervenção terapêutica do país,” director clínico do hospital, Brigadeiro Armando Pinto, disse na cerimónia de entrega. “Este gesto do governo dos EUA irá reduzir o tempo que um paciente tem de esperar para obter um resultado correcto de um teste de COVID-19.”
A doação foi possível através de um programa de subsídios focalizado em ajuda humanitária para o povo angolano. Faz parte da ajuda do governo dos EUA, avaliada em mais de 8 milhões de dólares para Angola, através de recursos, formação e capacitação institucional.
“Estes kits de testagem continuarão a ser um acréscimo para a capacidade de Angola de lutar contra a COVID-19 e vencer,” Major Ryan Holland, do Exército Americano, disse durante a cerimónia. “O Departamento de Defesa continua a ter um relacionamento saudável com as Forças Armadas de Angola e continua o seu compromisso de longa data de combater a propagação de doenças contagiosas, através de uma parceria colaborativa baseada na confiança e no respeito mútuos.”
Angola registou 46.340 casos de COVID-19 e 1.166 mortes, de acordo com as estatísticas feitas a 24 de Agosto pelo Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.
Em inícios de Julho, o governo relaxou as medidas de restrição para a prevenção e combate à COVID-19 na província de Luanda, onde ocorreu a maioria dos casos.
No dia 24 de Agosto, a Comissão Multissectorial Para a Prevenção e Combate à COVID-19 daquele país alertou sobre o impacto das novas variantes e recomendou medidas de combate mais rigorosas e maior controlo nas províncias fronteiriças.
Franco Mufinda, Secretário de Estado para a saúde pública, espera que o aumento do número de mortes possa soar um alarme para os angolanos, para que possam aderir às restrições e seguir as directrizes nacionais de saúde.
“Infelizmente, começámos a ter um aumento ligeiro de número de mortes, especialmente na parte leste e sul do país,” disse no comunicado de imprensa do dia 23 de Agosto. “Apelamos mais uma vez que dupliquemos as medidas.
“Continua não sendo sábio nos distanciarmos das medidas colectivas e individuais de protecção de modo a controlarmos esta pandemia. A situação das variantes faz com que tenhamos mais mortes. Então, apesar da observação de medidas, recorde-se que a pandemia ainda está presente.”