EQUIPA DA ADF
O governo dos EUA fez uma doação de equipamento de protecção individual (EPI), avaliado em 150.000 dólares à Direcção de Serviços de Saúde Militar de Angola, em Março, como parte dos 38 milhões de dólares em ajuda que os EUA concederam ao país na sua luta contra a COVID-19.
Tulinabo Mushingi, embaixador dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe, disse que a doação do dia 30 de Março é o mais recente exemplo de uma parceria de longa data entre os dois países.
“O Departamento de Defesa dos EUA financiou vários projectos na comunidade médica, incluindo a doação de um hospital de campanha aberto para todos os pacientes, kits de teste de COVID-19 e cursos de formação para socorristas,” disse Mushingi durante a cerimónia de entrega. “Esta é uma parceria que já dura há aproximadamente 20 anos e começou com a ajuda no controlo e tratamento de HIV/SIDA.”
Quando Angola esteve a passar pela terceira vaga mortal de COVID-19, em Agosto de 2021, os EUA doarão 1.900 kits de testes de reacção em cadeia de polimerase de transcrição reversa em tempo real (RT PCR) ao Hospital Militar Principal de Angola, em Luanda. Os kits ajudam a aumentar a capacidade de testagem enquanto reduzem a quantidade de tempo que um paciente tinha de esperar por um resultado.
Os EUA doaram os kits de testes através de um programa de subvenções centrado em ajuda humanitária para Angola. Faz parte da ajuda do governo dos EUA em recursos, formação e criação de capacidade institucional para Angola, avaliada em mais de 38 milhões de dólares.
Conforme Mushingi observou na cerimónia de entrega do EPI, as taxas de infecção pela COVID-19 de Angola reduziram ao longo do mês de Março. Angola manteve a maior parte das suas actuais medidas de prevenção, incluindo o uso obrigatório de máscaras faciais em vias públicas, mercados e lugares fechados.
“Embora possamos estar a ver uma redução, em termos gerais, de casos de COVID-19 que em Angola e no resto do mundo, devemos continuar preparados contra o reaparecimento de outras variantes,” disse Mushingi.
Especialistas em saúde de Angola estão divididos sobre se o país atingiu ou não a fase pós-pandémica.
O pneumologista Francisco Magalhães disse à Voz da América (VOA) que a redução do número de infecções deveu-se à “educação cívica da nossa população.”
O gestor do hospital e professor, Nelito Barros, disse que considera a situação estável, mas disse à VOA que “não podemos declarar que estamos numa fase pós-pandémica.”
Francisco Furtado, Ministro do Estado e Director da Casa Militar, anunciou o alívio de algumas medidas preventivas devido ao número reduzido de novos casos, em Março. Ele disse que 97% dos novos casos de COVID-19, naquele mês, eram de pacientes assintomáticos.
Furtado alertou que “algum relaxamento e indisciplina no uso de máscaras faciais nos mercados e, até mesmo nas vias públicas, era notório.” Acrescentou que “a pandemia ainda não terminou e nós somos obrigados a usar” as máscaras faciais, noticiou a VOA.